Fim do verão: é hora de cuidar da pele

Verão, sol, mar, praia. A combinação desses itens é muito comum no litoral brasileiro, ainda mais em locais como o Recife. Durante as férias de dezembro e janeiro, a quantidade de banhistas e turistas dobra nas praias pernambucanas. Entretanto, os médicos alertam para o cuidado com a pele nesse período quando a exposição solar é ainda maior. As longas e intensas horas sob o sol podem provocar problemas futuros à pele, transformando a diversão das férias em dor de cabeça. Sendo assim, o que resta para alguns é recorrer a tratamentos dermatológicos após o verão.

A dermatologista da Real Derma, do Hospital Português, Patrícia Guimarães relata que entre as queixas mais encontradas no consultório estão o aparecimento de manchas. “Geralmente mulheres que têm a pele branca são as mais suscetíveis aos efeitos do sol”, explica. Os impactos são ainda maiores quando são crianças e idosos. A médica ainda recomenda evitar o horário entre 10h e 16h no qual, os raios ultravioletas são mais intensos e a probabilidade de provocar alguma lesão na pele é maior.

Quando os devidos cuidados não são tomados, a procura por um tipo de tratamento que elimine ou amenize possíveis manchas, pintas, micoses e pele grossa e ressecada é comum nos consultórios após a estação mais quente do ano. A dermatologista Beatriz Almeida ressalta que os métodos mais procurados pelos pacientes são os lasers, tratamento para as estrias e peelings. “Geralmente eles percebem, a longo prazo, que o sol provocou um envelhecimento precoce da pele e decidem correr atrás do prejuízo com essas técnicas”, explica.

A pele mais grossa, por exemplo, é causada devido à exposição demasiada ao sol juntamente com a água do mar ou piscina que estimulam o aumento da camada de células mortas da pele. “Uma dica importante para este caso é utilizar sabonetes abrasivos, que realizam uma limpeza profunda da pele, combinado com o uso de hidratantes adequados para cada tipo de pessoa. Recomenda-se também tratamentos como peeling de ácido retinóico, que remove a camada superior das células mortas”, orienta Beatriz.

Outro sintoma comum durante o pós-verão é o aparecimento das indesejadas manchas. Neste caso, de acordo com Patrícia, o ideal é realizar um diagnóstico da pele por meio de um equipamento com câmera 3D para avaliar o grau e a profundidade das pintas. “O tratamento pode ser feito com o uso de laser ablativo, peelings e microagulhamento”, afirma a dermatologista. (Veja no site da Algomais a explicação desses tratmentos: mais.pe/dermato).

No verão, alguns tipos de fungos também podem aparecer, como os chamados panos brancos e candidíase. Neste caso, o recomendado é utilizar cremes antifúngicos prescritos por médicos, indicados para tratamento de infecções na pele.
A quantidade e a intensidade dos raios ultravioletas do sol também podem provocar o surgimento do câncer de pele. “O efeito do sol é cumulativo e a doença pode-se desenvolver ao logo da vida, sendo mais comum em áreas expostas, como no ombro e em pessoas carecas e de cor de pele clara, devido à sensibilidade à luz”, orienta Beatriz Almeida.

Embora os efeitos do sol atinjam a todos, a diferença dermatológica em cada grupo étnico vai influenciar no tipo de tratamento a ser realizado. “A pele negra é mais protegida, em razão da melanina”, explica Patrícia Guimarães. “Mas também ela pode manchar caso não seja bem cuidada”, alerta.

A defensora pública Verônica Nogueira, 63, relata que faz uso dos tratamentos intensivos devido ao problema de pele que adquiriu quando mais nova. “Sou muito branca e passei minha vida toda sem cuidar da pele. Ficava muito tempo exposta ao sol, não usava proteção solar e quando fui perceber já estavam aparecendo manchas e feridas no meu corpo”, recorda. Em 2009 realizou o tratamento de terapia fotodinâmica contra lesões cancerígenas e em 2015 começou o de rejuvenescimento a laser. “Manchas viram lesões se não são cuidadas da melhor forma”, pontua Verônica. Desde então, ela já passou por cerca de dez tratamentos para melhorar a pele, entre peeling e cremes que atuam no colágeno (substância que dá firmeza à pele).

Apesar de entre os homens a chance de aparecer manchas seja menor, devido à questão hormonal, eles também estão encarando as agulhas em nome da beleza e dos cuidados após o verão. O esteticista cosmetólogo, Sidney Santiny, 27, conta que sempre foi vaidoso e costuma cuidar da sua pele. “Gosto de fazer os tratamentos dermatológicos para a revitalização facial, melhorar a textura da minha pele e suavizar as rugas de expressão. Isso eleva minha autoestima”, explica Santiny. Há seis meses submeteu-se ao peeling químico e há aproximadamente um mês ao peeling a laser. Santiny ainda conta que após o tratamento, só sai de casa com protetor solar e no dia a dia evita banhos muito quentes, sauna e qualquer coisa que contenha vapor.

Os tratamentos dermatológicos pós-verão ajudam a corrigir e a amenizar possíveis problemas que venham a surgir em razão da grande exposição ao sol. Entretanto, as dermatologistas afirmam que a melhor forma de cuidar da pele é prevenir e tomar alguns cuidados. “Durante o verão é imprescindível estar sempre hidratado e, claro, utilizando protetor solar a cada duas horas. Se o paciente já realiza algum tratamento o ano todo, a indicação é utilizar ácidos mais leves que não irritem a pele”, indica Beatriz Almeida.

Com os avanços tecnológicos na área da beleza e saúde, existem hoje também filtros solares para cabelos e alguns específico para barbas. Dermatologistas ainda reforçam a importância de usar óculos de sol com filtro UV, chapéu, guarda sol (quando for à praia ou piscina), hidratantes corporais e beber muita água.

*Por Paulo Ricardo Mendes

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