Fisioterapeuta faz alerta sobre a “síndrome do pescoço de smartphone” – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Fisioterapeuta faz alerta sobre a “síndrome do pescoço de smartphone”

Monialy Marinho destaca como a fisioterapia pode ajudar no tratamento da dor cervical por conta do uso exagerado de celular

Pesquisas recentes apontam que, no Brasil, existem mais smartphones do que pessoas. São 255 milhões de aparelhos, contra 212 milhões de habitantes. A utilização exagerada dos celulares têm causado diversos problemas, por conta da postura incorreta, forçando a coluna, a chamada “síndrome do pescoço de smartphone”. A especialista Monialy Marinho, tutora do curso de Fisioterapia da Faculdade Pernambucana de Saúde, destaca o porquê das dores e dá dicas para prevenção.

“Podem desencadear diversos problemas mais graves. Além da dor e do desconforto, algumas dessas condições precisam ser tratadas o quanto antes para que não evoluam e se tornem ainda mais graves. A má postura influencia no posicionamento da cabeça e sobrecarrega as estruturas de sustentação dessa região, podendo levar a problemas capazes de afastar o indivíduo de suas atividades do dia a dia”, explicou Monialy.

“Um dos problemas da má postura que podemos citar são as dores de cabeça: poucas pessoas sabem, mas alguns tipos de cefaleia podem ter origem em desvios posturais, como a dor de cabeça tensional. Outro problema comum são as cervicalgias (dor no pescoço), que pioram no fim do dia. Aplicada à correção postural, a fisioterapia utiliza diversos exercícios, movimentos e posturas que ajudam a combater e reverter esses problemas. Através dessa prática, o paciente consegue tratar os desvios de coluna, dores, e demais problemas que tem origem em uma postura ruim ou não, como problemas de quadril, pé chato, problemas no joelho, na cervical”, acrescentou a tutora da FPS.

Monialy dá uma dica para que a utilização exagerada dos celulares não cause problemas para o corpo. A profissional destaca que o aparelho deve estar na altura dos olhos, para que a cabeça fique ereta, não precisando inclinar o pescoço por períodos prolongados. “Quando estiver em uma ligação, o aparelho deve ser segurado com as mãos e nunca apoiado sobre os ombros, é necessária uma prática de atividade física regular para o corpo suportar as demandas impostas no dia a dia”, destacou.

A fisioterapia desempenha um papel importante no tratamento da dor cervical relacionada ao uso prolongado de celulares. Ela pode ajudar de várias maneiras: avaliação e diagnóstico; educação e conscientização postural; exercícios de fortalecimento e alongamento; técnicas de mobilização e manipulação; terapia manual e liberação miofascial; e modalidades de tratamento.

Importante ressaltar que cada caso é único, e o tratamento fisioterapêutico será adaptado às necessidades individuais do paciente. Portanto, é recomendado procurar um fisioterapeuta especializado para uma avaliação e tratamento adequados.

CRIANÇAS

De acordo com a fisioterapeuta Monialy Marinho, o trabalho com crianças que apresentam uso exagerado de celulares envolve abordagens específicas e adaptadas para atender às suas necessidades. Podem ser adotadas algumas estratégias de educação e conscientização, atividades lúdicas e exercícios, ergonomia e postura, exercícios de  fortalecimento  e alongamento, e tempo de tela estruturado. 

“Além disso, é importante envolver os pais no processo de tratamento, fornecendo orientações e estratégias para limitar o uso do celular em casa e promover um ambiente saudável e equilibrado. Cada criança é única, e o tratamento deve ser adaptado às suas necessidades individuais. Portanto, é recomendado procurar um fisioterapeuta especializado em pediatria para uma avaliação e tratamento adequados”, concluiu Monialy.

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