Fotografia e resistência entram em cartaz no Murillo La Greca - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Fotografia e resistência entram em cartaz no Murillo La Greca

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Neste sábado (16), o Murillo La Greca inicia a temporada de exposições 2019, com um irresistível e incandescente convite à resistência. Jogando luz sobre questões de gênero, relações de intimidade e materialidades, estreia a exposição Resistência Vaga-lume, que reúne fragmentos da vida de todo dia, capturados pelas lentes de 10 fotógrafos, unidos por um mesmo desejo e fio condutor: expressar diversas formas possíveis de resistência que se fazem chama acesa em tempos sombrios.

A exposição é gratuita e fica em cartaz só até o próximo dia 30, no museu gerido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife. A concepção e a curadoria são de Daniela Bracchi, Eduardo Queiroga e Mateus Sá. Os trabalhos expostos levam as assinaturas de Carol Melo, Christina Schug, Clara Simas, Elysangela Freitas, Guilherme Benzaquen, Keila Vieira, Larissa Alves, Társio Alves, Tiago Lubambo e Tiago Duque.

As inspirações e conspirações para o encontro de tantos olhares começaram ainda em 2018, quando artistas e curadores, reunidos nas salas de aula da Escola Livre de Imagem, depararam-se com o texto “A sobrevivência dos Vaga-lumes”, em que o filósofo e historiador de imagens francês Georges Didi-Huberman discorre sobre vaga-lumes e sua frágil, mas transformadora existência incandescente, traçando um paralelo com a cultura e sua inabalável missão de sobrepor graça ao terror dos dias e dos tempos.

Nesse afã de resistir, as imagens que compõem a exposição vão desde a fotografia documental no cotidiano da rua, que se coloca contra estereótipos culturais, sociais e urbanos, até a elaboração de subjetividades e abstrações em contextos íntimos, expondo as fissuras nas relações hegemônicas com o corpo, a política, o feminino e a intimidade. “Ao contrário dos holofotes sempre voltados para os grandes acontecimentos, essa exposição busca as potências de um cotidiano em resistência”, diz o texto de abertura da mostra, assinado por Guilherme Benzaquen.

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