Após a inauguração na Sala Massangana, campus Casa Forte, da exposição Viagem de Spix e Martius pelo Brasil, o presidente da Fundaj, Antônio Campos, visitou nesta sexta-feira, a convite, o instituto, em São Paulo, para debater novas cooperações. Entre elas a vinda de novas exposições à Fundação e intercâmbios nas áreas de cultura e educação. O Instituto Martius-Staden é o braço cultural da Fundação Visconde de Porto Seguro, que mantém, também, uma escola com nove mil alunos, sendo 10% deles de origem alemã. A escola está instalada no bairro de Panamby, zona sul de São Paulo,e o instituto funciona no mesmo espaço.
“Relações comerciais e culturais com a Alemanhã são importantes. Estamos iniciando hoje um trabalho de parcerias cultural, trazendo mostras para as salas de exposições da Fundaj, e de intercâmbios na área de educação. Já havíamos iniciado trabalho prévio com as embaixada e consulado”, destacou o presidente Antônio Campos, que esteve reunido com o diretor do Instituto, Echkhard E. Kupfer, o diretor-secretário, Chistinam Walter Buelau, e a coordenadora de Arquivos, Daniela Rothfess.
Antônio Campos agradeceu a realização da exposição Viagem de Spix e Martius pelo Brasil na Fundaj, realizada com o apoio do Consulado Geral da Alemanha no Nordeste e destacou que o Instituto Martius-Staden tem um rico acervo sobre a imigração dos povos de língua alemã para o Brasil, formado por documentos, jornais, livros, mapas, fotografias e outros materiais, do qual a mostra exposição “Viagem de Spix e Martius pelo Brasil” faz parte.
Inaugurada em 19 de julho, a mostra retrata a viagem que os naturalistas bávaros Johann Baptist von Spix e Carl Friedrich von Martius realizaram entre 1817 e 1820. Saindo do Rio de Janeiro, Spix e Martius percorreram em suas expedições mais de dez mil quilômetros em terras brasileiras, incluindo uma passagem por Salvador, onde escreveram sobre os inúmeros engenhos do recôncavo baiano e também sobre a Festa do Senhor do Bonfim. Ainda no Nordeste, visitaram no Sertão a cidade de Monte Santo, onde estudaram o famoso meteorito de Bendengó.
O cientistas colecionaram cerca de 6.500 espécies vegetais e quase 3.500 espécies de animais, além de peças mineralógicas e etnográficas. Com a publicação da obra Viagem pelo Brasil (em três volumes, publicados entre 1823 e 1831), Spix e Martius tornaram-se referência em muitos assuntos sobre o Brasil oitocentista.