Por Houldine Nascimento
Não é segredo que a gestão do presidente Arnaldo Barros tem sido danosa ao Sport em diversas ordens. Na esfera administrativa, o clube não consegue honrar os salários dos funcionários. Os atrasos são constantes, interferindo no andamento das atividades. Em qualquer empresa, isso já seria razão para desmotivar qualquer trabalhador.
O Sport também está tendo problemas com a Justiça e responde a dezenas de ações trabalhistas. Dentro de campo, o fracasso da Era Barros é notório. Não só pelo desempenho apático dos jogadores, mas também pelas decisões absurdas ao contratar atletas que não têm nível para disputar uma Série A.
Os sucessivos erros de Arnaldo Barros e seus comandados estão custando muito caro e fazendo o clube pernambucano caminhar a passos largos para o rebaixamento. Em geral, a queda de um time não é casual, mas construída há algum tempo. Nos últimos dois anos, o Sport flertou com o descenso e por pouco não foi parar na Série B.
Diferentemente de 2016 e 2017, não há jogadores no elenco de 2018 capazes de reverter essa situação. O que evidencia mais uma vez que a atual diretoria está arruinando o que, com muita luta, foi construído. Antes conhecido por pagar salários em dia – prática infelizmente desrespeitada pelos clubes brasileiros – hoje, o Sport é famoso pelo calote.
A situação calamitosa fez com que um grupo de sócios pedisse o impeachment de Barros, que tem manobrado para evitar uma saída vexaminosa. Apesar do desastre da cartolagem, a torcida compareceu à Ilha do Retiro nesse domingo (23) para apoiar o time rumo a uma improvável vitória sobre o Palmeiras de Felipão. Quase 19 mil torcedores viram os jogadores rubro-negros se esforçarem, mas as limitações técnicas falaram mais alto e o Alviverde paulista, com um elenco muito qualificado, levou a melhor e venceu por 1 a 0.
O Leão segue afundado na vice-lanterna com 24 pontos. Restam 12 partidas e, para não cair, o Rubro-negro precisa ganhar sete jogos, o que seria um verdadeiro milagre. Mesmo que isso acontecesse, o que é muito improvável, não apagará a catastrófica condução de Barros (no último ano de mandato) à frente do Sport.