O Governo de Pernambuco lançou o processo licitatório para contratar uma empresa de engenharia responsável pelas obras de contenção de encostas e urbanização em Jardim Monte Verde, localizado em Jaboatão dos Guararapes. Com um orçamento de R$ 48,9 milhões, o objetivo é preparar a localidade para enfrentar fortes chuvas e prevenir desastres semelhantes aos ocorridos em 2022, quando enxurradas resultaram em uma das maiores tragédias registradas no estado, com mais de 20 vítimas no local. A licitação prevê a abertura das propostas de habilitação técnica e de preços. A contratação da empresa é esperada para meados de março, e a obra tem um prazo de 18 meses.
A ação de contenção de encostas em Jardim Monte Verde é uma resposta a uma demanda histórica da população, anunciada durante as escutas do programa Ouvir para Mudar, em 2023. Simone Nunes, secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Estado, destaca que a urbanização ocorrerá com recursos estaduais em uma região limítrofe entre os municípios do Recife e Jaboatão. A área é identificada como desassistida e esquecida, onde as fronteiras municipais são ambíguas.
Os trabalhos em Jardim Monte Verde abrangerão três frentes: Chapada do Araripe, Alto Santa Izabel e Alto do Parnaioca. A técnica de enrocamento, que envolve a contenção de encostas com pedras argamassadas, será utilizada para preservar a estabilidade dos maciços de terra. Além disso, será instalado um revestimento rochoso com infraestrutura para canalização adequada das águas pluviais. O projeto inclui a urbanização das áreas, com a instalação de equipamentos como pequenas praças, brinquedos e bancos de lazer, projetados para se integrarem ao relevo da região e proporcionar prazer e tranquilidade aos moradores. Além das obras, a iniciativa prevê um plano de assistência social para educar as pessoas sobre a não expansão de suas habitações para áreas inadequadas. A ação busca não apenas a preservação de vidas, mas também possui um componente educacional.
Governadora Raquel Lyra
“Temos urgência na execução dessas obras porque precisamos preservar o direito de habitação das famílias que residem na região e evitar desastres decorrentes da falta de infraestrutura e preparo para receber águas em grandes quantidades”