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Hospital do Recife recebe credenciamento para realizar transplantes hepáticos e cardíacos

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Com expertise em transplantes, após capacitações, o Santa Joana Recife, da rede Americas, acaba de receber o credenciamento do Ministério da Saúde para realizar transplantes hepáticos e cardíacos. Os serviços chegam para expandir a área de alta complexidade do hospital.

De acordo com o médico Tibério Medeiros, responsável técnico do transplante hepático do hospital, o procedimento, geralmente, é indicado em casos de cirrose hepática avançada, que tem como principais agentes etiológicos a bebida alcoólica, hepatites virais B e C, hepatites autoimunes e um número crescente de esteatose, cujo principal fator de risco é a obesidade. “O fígado deixando de funcionar, é necessário um transplante como única medida salvadora, isso porque sabemos que não existe nenhum remédio que vai manter o órgão funcionando por mais tempo”, explica.

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“É uma cirurgia complexa, que requer vários setores do hospital trabalhando em sincronia e harmonia, cuidando de detalhes minuciosos, que serão fundamentais para o sucesso do transplante. O paciente atravessa um pós-operatório desafiador, com atendimento multidisciplinar integral, mas depois desse período, o paciente volta a ter uma excelente qualidade de vida, retoma suas atividades sociais e inclusive reinserção no mercado de trabalho”, informa Dr. Medeiros.

Uma característica do transplante hepático é que o doador pode ser vivo ou morto. “O fígado é o único órgão que tem a capacidade de reconstituir até 75% dos seus tecidos. Quando se retira parte do órgão de um doador vivo e se transfere ao receptor, em ambos os pacientes, o órgão se regenera”, informa o médico.

Em se tratando de transplante cardíaco, o especialista Fernando Moraes, responsável pela área no Santa Joana Recife, explica que a insuficiência cardíaca é altamente prevalente em todas as esferas da população, seja das classes menos ou mais favorecidas. “Aqui, no Brasil, é muito comum, as valvulopatias e as chamadas miocardites, que acabam causando inflamação do músculo cardíaco, deteriorando a sua função. Então, muitas das vezes, os pacientes acabam procurando o hospital e precisam ir para a UTI para fazer uso de medicações específicas”, explica. “Porém, alguns pacientes acabam não respondendo a essas medicações e precisam usar o que nós chamamos de suporte circulatório. Os equipamentos ajudam a bombear o sangue, mas em situações de maior gravidade, é necessário realizar o transplante cardíaco de uma forma mais urgente”, complementa o médico.

“É relevante chamarmos atenção para a necessidade de uma equipe multidisciplinar para realizar o procedimento. É importante que o hospital disponha de toda a estrutura multidisciplinar, não só dos equipamentos, mas além de cardiologista e cirurgiões, médicos de algumas especialidades, sobretudo o nefrologista, pneumologista, neurologista e médicos de terapia intensiva. Assim como todo o corpo de enfermagem para o sucesso desses tratamentos chamados de alta complexidade”, finaliza Dr. Moraes.

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