Especialistas defendem a terapia como importante aliado para o tratamento
(Da Secretaria de Saúde de Pernambuco - Foto: Priscilla Diniz)
O Hospital Ulysses Pernambucano (HUP) adotou a musicoterapia como uma ferramenta de humanização nos serviços de saúde. O objetivo é amenizar os sentimentos que surgem com a rotina, durante o período de internação, e proporcionar momentos de relaxamento, descontração, agindo intuitivamente no emocional dos pacientes.
Para a diretora médica do HUP, Elaine Souza, a música é vista como um importante aliado do processo terapêutico e do tratamento, pois ajuda a melhorar o humor e a qualidade de vida dos pacientes. Além disso, todo o ambiente é beneficiado, por trazer leveza, calmaria e paz para o dia.
“Acreditamos que a musicoterapia está associada a diminuição de alguns dos sentimentos como a ansiedade, tensão, estresse, angústia. Também contribui para uma maior qualidade do sono e do sistema imunológico. São pequenas ações que podem mudar o dia, o sentimento, o estado emocional de uma pessoa”, destacou.
A iniciativa foi bem recebida pelo corpo funcional do HUP. Para a auxiliar administrativa Maria Erineide, trabalhar ouvindo boas músicas trouxe mais alegria para seu dia. “Eu me sinto mais animada, entusiasmada e noto que de alguma maneira isso refletiu para o bem-estar do hospital de modo geral”, pontuou.
O projeto incluiu a instalação de caixas de som nas salas de emergências, enfermarias e a visita semanal do musicoterapeuta Bruno Saraiva, nas terças-feiras, proporcionando aos pacientes essa assistência mais acolhedora e humanizada.
De acordo com Bruno Saraiva, nesse contexto, a música serve como plataforma para a expressão criativa e libertária, atuando como uma ferramenta de bem-estar e se apresenta como uma prática social que permite o vislumbre de outros modos de criação, elos e circulação de afetos
“Cantar, escutar, dançar, tocar um instrumento ou se expressar corporalmente por meio da música são recursos que permitem aos pacientes encontrar meios de comunicar seus afetos de forma não verbal. Com isso, abre-se um espaço de acesso a outras formas terapêuticas”, explicou o musicoterapeuta.