Da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco
A produção industrial de Pernambuco confirma o direcionamento para atravessar a pandemia e segue apresentando números robustos. O Estado apresentou o melhor resultado do Brasil em julho, com alta de 17% ante o mesmo mês de 2019. Consolidando as medidas implementadas pelo Governo do Estado para não paralisar as atividades industriais durante a pandemia, incluindo o fortalecimento da cadeia de distribuição e o direcionamento de parte da atividade para novas demandas, o Estado registrou o terceiro mês de crescimento consecutivo no mês em análise, segundo a Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ontem (09).
Quando se compara o desempenho de julho ante o mês anterior, a alta marcou 9,5%, a sexta maior entre todos os estados pesquisados. Em junho, por sinal, Pernambuco já havia apresentado o melhor resultado do Nordeste e o segundo maior crescimento da produção industrial do Brasil, no comparativo com o mesmo mês do ano passado.
No tocante ao acumulado dos primeiros sete meses de 2020, houve estabilidade (-0,7%), o que pôs Pernambuco em primeiro lugar no Nordeste e com o terceiro melhor resultado do País para o período. Julho também marca a recuperação efetiva da produção da indústria local, colocando Pernambuco em primeiro lugar na lista de estados que já recuperam o nível de produção ao patamar pré-pandemia.
Além de Pernambuco, Amazonas, Goiás e Minas Gerais completam a lista de estados que já estão produzindo em níveis anteriores à crise gerada pelo coronavírus. Para se ter ideia, o Estado já está com volume de produção 4% acima dos níveis pré-pandemia, enquanto o Brasil ainda está 6% abaixo dos índices anteriores.
“Como forma de direcionar as ações da Secretaria de Desenvolvimento Econômico para realizar o que a indústria precisava para atravessar a fase que estava por vir, o diálogo com o setor foi intensificado assim que a pandemia se instalou. Diferentemente de outros estados do Nordeste, evitamos a paralisação do segmento em Pernambuco. Isso fez o nosso Estado, inclusive, se tornar hub para a Região em subsetores da indústria. Também criamos um Comitê Especial de Abastecimento, para garantir a distribuição de itens essenciais para os pernambucanos nos pontos de venda e que favoreceu os segmentos de alimentação e de itens de higiene”, destacou o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach.
ALIMENTOS - O setor de Alimentos se manteve em destaque, repetindo em julho o maior crescimento do Brasil no acumulado do ano. De janeiro a julho, a alta marcou 18,3%. Outros segmentos também ganharam protagonismo e assumiram a liderança nacional em crescimento. O setor de Bebidas, por exemplo, cresceu 41,1% em julho. Com o índice, Pernambuco assumiu a primeira posição nacional no ano (crescimento de 0,6%), única unidade da federação com desempenho positivo no setor. Fabricação de Borracha e Material Plástico também cravou maior crescimento do País em julho (27,7%) e no ano (5,5%).
A secretária executiva de Políticas de Desenvolvimento Econômico, Maíra Fischer, pontua que o Governo de Pernambuco realizou um trabalho de atração de investimentos que formou uma base sólida e diversificada de indústrias. “Além da estrutura montada, o diálogo permanente com o segmento permite ações em conjunto para formação de cadeia de fornecedores, direcionar novos investimentos para áreas que promovam maior impacto social, além de medidas pontuais de ajuste na produção para que o setor tenha novas possibilidades”, pontuou.
ATRAÇÃO DE INVESTIMENTOS - A competitiva política de atração de investimentos do Governo de Pernambuco continua a gerar bons negócios para o Estado, apesar da crise global desencadeada pelo coronavírus. Nos 18 meses encerrados em julho, foram aprovados 180 novos projetos de implantação ou expansão de indústrias, centrais de distribuição e importadoras em solo pernambucano. Todos os empreendimentos passaram pelo crivo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico ou do Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic).
Ao todo, foram 130 novos projetos anunciados em 2019 e 50 neste ano, totalizando mais de R$ 2 bilhões em investimentos previstos em 2020. O anúncio da implantação do Terminal de Gás Natural Liquefeito, no Porto de Suape, pela Golar Power Brasil, foi o destaque do 1º semestre. A empresa, que é uma joint venture formada entre a norueguesa Golar LNG e o fundo Stonepeak Infrastructure Partners, é um dos principais grupos de logística de gás natural liquefeito do mundo e tem planos de investimento de R$ 1,8 bilhão. O empreendimento deve gerar cerca de 300 empregos diretos.
Para o Recife, mais precisamente no Cais de Santa Rita, foi anunciado o início das obras do Complexo Multiuso Porto Novo Recife, que será composto por centro de convenções, hotel e marina. O investimento total é de R$ 140 milhões e a previsão é de gerar 1.430 empregos diretos.
Em Goiana, o Grupo Sada anunciou a ampliação do terminal logístico e a construção de uma usina solar para geração fotovoltaica. A empresa vai investir R$ 110 milhões e gerar 300 empregos diretos com o novo empreendimento. Em Bonito, a Yazaki, fornecedora japonesa de chicotes automotivos da Jeep/FCA, está investindo R$ 60 milhões na implantação da fábrica que vai criar 1,6 mil empregos.
Já na 110ª reunião do Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic), realizada em julho, foram aprovados 46 projetos, sendo 18 de indústrias, 18 de importadoras e dez de centrais de distribuição. Os investimentos industriais ficaram na ordem de R$ 41 milhões, com previsão de gerar 612 empregos diretos.