Inteligência Artificial Generativa: um divisor de águas em 2023?

*Por Rafael Toscano

O ano de 2022 foi ímpar para a IA. Muita tecnologia foi desenvolvida, e, mais do que isso, muitas ferramentas foram disponibilizadas e popularizadas, com um grande destaque para a ChatGPT.

A IA generativa tornou-se um tópico quente para entusiastas, técnicos, investidores, empresas privadas, formuladores de políticas públicas e para a sociedade em geral.

Como o nome sugere, a IA generativa produz ou gera texto, imagens, música, fala/discurso, código fonte para computadores e até mesmo vídeos. A IA generativa não é exatamente um conceito novo, mas as técnicas de aprendizado de máquina por trás da IA generativa evoluíram exponencialmente na última década por conta de todo o avanço em processamento de dados.

Em contraponto à atual desaceleração do mercado e demissões no setor de tecnologia, as empresas que oferecem produtos de IA generativa continuam recebendo interesse dos investidores. Estima-se que o mercado da IA generativa pode gerar trilhões de dólares em valor econômico nos próximos anos. O fato é que mais de 150 startups significativa surgiram em todo o globo e já estão ocupando espaço nesse oceano azul.

A IA generativa vai além das tarefas típicas de processamento de linguagem natural, como tradução de idiomas, resumo e geração de texto. Recentemente, no lançamento da IA ChatGPT, pode-se acompanhar um efeito viral que alcançou mais de um milhão de usuários em apenas cinco dias. Com base em uma nova era de cooperação entre homem e máquina, os entusiastas afirmam que a IA generativa ajudará o processo criativo de artistas e designers, pois as tarefas existentes serão facilitadas por sistemas de IA generativa, acelerando a concepção e, essencialmente, a fase de criação.

Entretanto, muito embora a IA generativa deixe as pessoas empolgadas com essa nova onda de criatividade, há preocupações sobre a aplicação e o impacto desses modelos na sociedade. Artistas, por exemplo, temem que a internet seja inundada com obras de arte indistinguíveis das suas, simplesmente dizendo ao sistema para reproduzir uma obra de arte em seu estilo (que até então poderia ser considerado único). Nesse sentido, reverbera a preocupação de que parte da força de trabalho criativa, incluindo artistas do entretenimento, videogames, publicidade, etc, possam perder suas funções por causa de modelos generativos de IA.

Embora a IA generativa seja um divisor de águas em várias áreas e tarefas, há uma forte necessidade de controlar a difusão desses modelos, amortecendo seus impactos na sociedade e na economia. A discussão emerge, por um lado, da adoção centralizada e controlada com limites éticos firmes, versus inovação mais rápida e distribuição descentralizada. Já dizia o Tio Ben do Homem-Aranha: “Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”.

Rafael Toscano é gestor financeiro, Engenheiro da Computação e Especialista em Direito Tributário, Gestão de Negócios. Gestor de Projetos Certificado, é Mestre em Engenharia da Computação e Doutorando em Engenharia com foco em Inteligência Artificial aplicada.

LEIA TAMBÉM

Mas afinal, o que é Inteligência Artificial?
Inteligência Artificial da Saúde
A Inteligência Artificial mudou a Política?
Deixe seu comentário
anúncio 5 passos para im ... ltura Data Driven na sua empresa

+ Recentes

Assine nossa Newsletter

No ononno ono ononononono ononono onononononononononnon