Intenção de Consumo Familiar em Pernambuco fica estável em novembro – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Intenção de Consumo Familiar em Pernambuco fica estável em novembro

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O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) variou 0,7% no Brasil entre outubro e novembro, enquanto em Pernambuco, o ICF permaneceu estável. Apesar disso, no estado, há indícios de melhorias relacionadas ao emprego atual, acesso ao crédito, nível de consumo atual, perspectiva de consumo e momento para duráveis.

Em relação ao emprego, 39,5% daqueles com renda superior a 10 salários-mínimos se sentem mais seguros e aptos a consumir, enquanto 36,3% dos entrevistados com até 10 salários mínimos sentem-se nas mesmas condições. Quanto à perspectiva profissional em novembro, 40,2% esperam uma melhora profissional nos próximos seis meses, enquanto 35,2% acreditam que enfrentarão uma piora na situação de trabalho. Observa-se que a população com rendimento mais elevado está mais satisfeita em relação ao emprego, com 57,9% acreditando ter boas expectativas de carreira.

Entre a população geral, há um sentimento de retração em relação à renda, especialmente entre a população de menor receita, onde 22,5% indicaram uma depreciação em sua situação financeira em comparação ao ano passado. Para 52,3% da população com renda acima de 10 salários-mínimos, o acesso ao crédito ficou mais fácil em comparação ao mesmo mês de 2022, enquanto para 29,8% da população de renda mais baixa, o acesso ao crédito ficou mais difícil.


CRÉDITO DISCREPANTE

A discrepância na avaliação do crédito entre diferentes níveis de renda reflete desigualdades econômicas e é influenciada por fatores como endividamento familiar e condições do mercado de trabalho. Em relação ao nível de consumo, a pesquisa revelou que 45,8% das famílias com rendimentos de até 10 salários-mínimos estão comprando menos em comparação ao ano passado, enquanto a população que recebe acima de 10 salários-mínimos indicou que 51,8% estão comprando mais que no ano passado.

Em Pernambuco, 36,2% das famílias com renda até 10 salários-mínimos indicaram a expectativa de um consumo menor em relação ao ano passado, enquanto 45,5% das famílias com renda superior a 10 salários-mínimos têm a expectativa de que o consumo seja igual ao do ano passado. Essas perspectivas de consumo antecipam um cenário desafiador para as empresas do setor de comércio e serviços em Pernambuco.

Para 50,8% dos pesquisados, este é um mau momento para a compra de bens duráveis (televisão, geladeira, fogão, etc.). Na faixa de renda mais baixa, essa insatisfação é levemente maior, com 52,2%, indicando que medidas como o recuo da taxa básica de juros e políticas de renegociação de dívidas ainda precisam surtir melhor efeito na economia estadual.


Rafael Lima, economista da Fecomércio-PE

 “A estabilidade no consumo das famílias contrasta a má avaliação das perspectivas profissionais em Pernambuco e retrata um cenário desafiador para os consumidores do estado. Diversos fatores contribuem para essa percepção negativa, incluindo a instabilidade econômica estadual e a falta de incentivos no mercado de trabalho, o que resulta em uma sensação generalizada de estagnação e limitação das perspectivas de crescimento profissional para muitos pernambucanos.”
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