Em meio à profusão de food parks que se espalham pelo Recife, o Madá tem se diferenciado com uma proposta que mistura boa gastronomia e entretenimento. Inaugurado, há pouco mais de dois meses, no bairro da Madalena, pelas sócias Camila Wiedemann e Lilia Carvalho, o local vem conquistando o público da Zona Norte com suas inovações.
Em julho, por exemplo, o parque surpreendeu ao promover, de forma pioneira, o inusitado open bar de batata frita, oferecendo 80 kg do petisco durante cinco horas de evento. A promoção atraiu cerca de mil pessoas dos arredores e de outras regiões da cidade que foram conferir a novidade. As sócias adiantam que, neste mês, haverá outro open bar, mas de outro produto. “Ainda é cedo para revelar, mas o público pode ficar ligado”, instiga Lilia.
Além de ser uma vitrine para os food trucks, o Madá também é palco para as artes. Com o costume de nas terças divulgar a programação de quarta a domingo (dias de funcionamento), o parque traz atrações diversificadas para todos os gostos. Para quem gosta de se reunir com os amigos e curtir um happy hour cantante, nas quartas-feiras tem o madaokê e na quinta atrações culturais com cinema e teatro. Na sexta-feira, as sócias batizaram o dia como noite latina, na qual, dançarinos e coreógrafos promovem um aulão de salsa e bachata (dança típica da República Dominicana), além de DJ e bebidas típicas, como mojito. Aos sábados acontecem eventos musicais, como rodas de samba, jazz e bandas de rock (tributos e covers). Aos domingos a programação é direcionada também para o público infanto-juvenil com contações de histórias.
“Apesar dos dias da semana terem uma programação específica, sempre procuramos oferecer novidades. Nos fins de semana buscamos trazer conteúdos mais ecléticos. Mas uma coisa é certa: o entretenimento é garantido”, assegura Lilia Carvalho. “Já trouxemos o filme Os guardas-chuvas do amor, em parceria com a Aliança Francesa, tivemos também mostra de curtas pernambucanos e a performance cênica Desobediência civil, do coletivo La Sangre Mamute, contação de historinhas infantis e teatro de marionetes”, elenca a sócia.
Um dos atrativos do Madá é o tamanho da área: são 12 mil m² a céu aberto e uma parte coberta, com capacidade média de 500 pessoas e onde se distribuem nove trailers com opções gastronônicas diferentes. “Os clientes ficam impressionados com o espaço. Dizem que parece que estão nos Estados Unidos, associam logo a um parque de diversão”, ressalta Lilia. Para a empresária, as pessoas estão cansadas de comer em ambientes fechados. “Cada vez mais elas procuram lugares ao ar livre”, constata a sócia, que é formada em gastronomia e pioneira no mercado de food trucks.
No cardápio, o Madá oferece opções que vão desde petiscos, passando por hambúrgueres artesanais e pratos diversificados. A média de preço fica entre R$ 8 e R$ 28. Para quem procura novos sabores, por exemplo, a alternativa é conhecer a culinária italiana do Cozo, a partir dos sanduíches feitos com piadina, pão típico italiano de massa leve e artesanal com várias opções de recheio, como queijo provolone e presunto.
Mas os que não dispensam a boa comida brasileira, a opção é o Caldinho da Manu. No Vics Hot Dog a pedida é cachorro quente gourmetizado. Para quem gosta de burguers artesanais e massas não deve deixar de experimentar o Kombinóide. O parque oferece ainda outras alternativas como açaí, sorvete, tapiocas distribuídas nas bikes e trucks pelo parque. No bar exclusivo do Madá são vendidas cervejas de marcas, como Babylon, Capunga, além dos produtos da Ingá Vinhos.
Entre as opções de comida, uma das mais procuradas pelo púbico é o hambúrguer artesanal, como o confit de cogumelo Le Chef (R$ 26), do truck Kombinoide, que vem com 180 gramas de blend Angus, confit de shitake (cogumelo comestível) emmental (queijo suíço), alface americana, servido no brioche.
Um dos diferenciais do Madá é que os food trucks não são fixos e podem mudar a cada três meses. “Tudo vai depender do que o cliente busca. Avaliamos o posicionamento de cada empresa, como é a forma de produção do alimento, a criatividade e a gestão. Todos esses pontos têm que estar alinhados com a visão e missão do Madá”, justifica Camila.
Embora no momento funcione mais no período noturno, o espaço também vai abrir durante o dia. “O Madá é um negócio pensado para ser diurno. Por isso, oferecemos um sistema de hidráulica, que possui um borrifador de água, que consegue reduzir 2 graus da temperatura ambiente da área para ficar mais agradável”, ressalta Lilia.
Em setembro, o empreendimento passou a ser o primeiro no ramo de food park em Pernambuco a ter licença da Vigilância Sanitária. “Essa regulamentação passou a ser exigida recentemente aos food trucks e nós fomos os pioneiros na sua obtenção o que traz um diferencial a mais ao espaço”, destaca Lilia. (P.R.M.)
Serviço:
Madá Food Park, Rua Dr. Batista de Carvalho, 45 - Madalena, Recife.Horário: Quarta-feira a sexta-feira – 17h às 23h; sábado – 17h às 0h; domingo – 17h às 22h.