Mais De 60% Das Empreendedoras De Pernambuco Vivem Com Até Um Salário Mínimo, Aponta IBGE - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco
Mais de 60% das empreendedoras de Pernambuco vivem com até um salário mínimo, aponta IBGE

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Painel na Feira do Empreendedor do Sebrae discute desigualdades no acesso a crédito e soluções para fortalecer negócios femininos

A realidade das empreendedoras pernambucanas ainda é marcada pela vulnerabilidade econômica. De acordo com a Pnad Contínua do IBGE, 63,33% das mulheres que lideram negócios no estado sobrevivem com até um salário mínimo. Esse cenário impacta diretamente a capacidade de acesso a crédito, já que a baixa renda se soma a outras barreiras como exigências desfavoráveis das instituições financeiras, preconceitos e a falta de conhecimento em gestão financeira.

O tema será debatido no painel “Financiando sonhos, impulsionando negócios: o papel do crédito na jornada da mulher empresária”, que integra a programação da Feira do Empreendedor do Sebrae. O encontro será realizado no dia 22 de agosto, às 15h30, no Centro de Convenções de Campina Grande, reunindo especialistas e representantes de instituições financeiras, como Lorena Barbery, assessora de Desenvolvimento do Cooperativismo da Sicredi Evolução. “Os números mostram que boa parte das empreendedoras ainda enfrenta barreiras que vão além da gestão do próprio negócio. São obstáculos estruturais, ligados ao acesso a crédito e à falta de políticas específicas para quem tem renda mais baixa. É justamente esse debate que queremos aprofundar no painel”, afirma Joana Macêdo, assessora de Desenvolvimento do Cooperativismo na Central Sicredi Nordeste.

Os dados do IBGE revelam ainda que 34,82% das empresas em Pernambuco têm mulheres como donas, o equivalente a 413,86 mil empreendedoras. Mais da metade (53,55%) atua no setor de serviços, o mais vulnerável às oscilações de consumo, e 77,97% não contribuem para a previdência, o que amplia a instabilidade econômica. No cenário nacional, os desafios se repetem: apenas 34% do crédito formal é concedido a mulheres, segundo o Banco Central, e em média os valores são menores do que os destinados a homens, mesmo em condições equivalentes de negócio.

Frente a esse contexto, o cooperativismo de crédito tem buscado ampliar sua atuação. “O cooperativismo de crédito tem buscado atuar justamente nessa lacuna, oferecendo não apenas linhas financeiras, mas também capacitação e atendimento personalizado. Quando fortalecemos as empreendedoras, não estamos só apoiando um negócio, mas transformando comunidades inteiras”, acrescenta Joana Macêdo. Em 2024, o Sicredi destinou mais de R$ 14 bilhões em crédito a empresas lideradas por mulheres, além de investir em programas de formação e iniciativas voltadas à equidade de gênero. “O cooperativismo de crédito se diferencia por aliar produtos financeiros a uma proposta de impacto social. Esse modelo fortalece o acesso das mulheres a soluções financeiras sustentáveis, promovendo maior inclusão produtiva e contribuindo para a redução das desigualdades no mercado de trabalho”, conclui Joana.

Serviço
Feira do Empreendedor do Sebrae – Painel “Financiando sonhos, impulsionando negócios: o papel do crédito na jornada da mulher empresária”
📍 Local: Centro de Convenções de Campina Grande
📅 Data: 22 de agosto
⏰ Horário: 15h30

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