Gente & Negócios

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Rafael Dantas

Menos burocracias, mais tempo para dedicar aos negócios

O pesadelo de filas e de burocracias que os brasileiros enfrentam diariamente tiveram um certo alívio durante a pandemia, com o avanço de diversas ferramentas tecnológicas que reduziram os atendimentos presenciais. A desburocratização é o tema da matéria de capa desta semana da Revista Algomais. Na produção da reportagem, conversamos com a consultora empresarial Carla Miranda, sócia da TGI. Abaixo publicamos a entrevista em que ela fala sobre as vantagens operacionais e econômicas para as empreas desse movimento de digitalização de vários processos que antes eram analógicos.

Como o processo de desburocratização que observamos na Pandemia facilita a vida das empresas e dos empresários em Pernambuco e no Brasil?

Um dos principais benefícios da desburocratização foi a diminuição do tempo de execução de alguns processos e da liberação de comprovação, por meio físico, de dados já constantes nos cadastrados das empresas e dos empresários. A necessidade de isolamento fez com que alguns processos fossem feitos de modo digital. O que já era uma tendência durante a pandemia tornou-se imperativo de sobrevivência. Houve uma aceleração. Além da desburocratização, tivemos os avanços da tecnologia que ajudaram e muito as empresas.

Há vantagens também econômicas da redução da burocracia para as empresas? Como esse processo de desburocratização reduz custos que iriam para o caixa das corporações?

Com certeza, sim. Só o fato dos processos poderem ser feitos online tira de cena uma figura muito conhecida no processo físico: o despachante. Além disso, há um ganho de tempo para poder se dedicar ao negócios, sem vulnerabilidades jurídicas.

A partir do relato dos empresários, que tipo de medidas adotadas na Pandemia que reduziram os contatos presenciais foram mais valorizadas pelas empresas?

Durante a pandemia posso citar pelo menos dois exemplos: (a) na área de pessoal algumas medidas foram tomadas, antes impensáveis, sem a necessidade de homologação no sindicato ou na DRT, como por exemplo, antecipação do período de férias (em até 2 períodos), pagamento das férias ao final do gozo e pagamento de 1/3 das férias até o final do ano, tivemos também a possibilidade de diminuição da jornada de trabalho e consequente diminuição da remuneração, essas medidas ajudaram muitas empresas a não demitir e a não encerrar as atividades; e (b) acesso ao crédito de forma online e desburocratizada, sem a necessidade de ir ao banco.

Onde você avalia que é possível avançar ainda mais para reduzir o peso da burocracia na vida das empresas e, consecutivamente, aumentar a competitividade da nossa economia?

Quando pensamos em burocracia vem logo a cabeça os formulários, papéis, documentos, assinaturas, processos intermináveis… Então, para que o processo de desburocratização seja mais eficaz é preciso que exista capacitação nos processos e nas ferramentas, principalmente para os micros e pequenos empreendedores. Não basta simplificar, tem que ensinar. As médias e grandes empresas já têm acessos a profissionais capacitados, que facilitam os processos.

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