O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (SES), ratifica seu compromisso com a assistência às crianças com síndrome congênita do zika (SCZ/microcefalia) ao iniciar, neste mês de agosto, a distribuição do medicamento Levetiracetam (Keppra), que tem o objetivo de evitar crises convulsivas nesse público. O Estado é o primeiro do Brasil a disponibilizar o Levetiracetam pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Nesta quinta-feira (03.08), foi publicado no Diário Oficial do Estado a norma técnica com os critérios de inclusão de pacientes para uso do remédio, o protocolo terapêutico e o fluxo para prescrição pelos profissionais de saúde. A dispensação será feita nas unidades da Farmácia de Pernambuco espalhadas por todas as regiões pernambucanas.
Pernambuco investiu R$ 273.485 mil na compra de mais de 4,2 mil frascos do medicamento, indicado para pacientes com quadros de saúde mais graves. Importante ressaltar que a incorporação de novas drogas no SUS, além dos requisitos para acesso, é definida pelo Ministério da Saúde (MS). Mesmo assim, o Governo de Pernambuco fez todos os esforços para concretizar mais essa conquista para as crianças com SCZ/microcefalia, reunindo profissionais da rede de referência para discutir e produzir o protocolo.
“Desde o início, Pernambuco tem mostrado sua responsabilidade com as crianças com síndrome congênita do zika/microcefalia. Ao sermos comunicados da mudança no padrão da doença, prontamente iniciamos a vigilância epidemiológica dos casos, organizamos a rede de atendimento e fomos pioneiros na produção de protocolos, que se tornaram referência para outros Estados brasileiros e países. Neste mês de agosto, tivemos a expansão das unidades de referência para todas as 12 Gerências Regionais de Saúde e, agora, a disponibilidade do Levetiracetam na Farmácia de Pernambuco. Essa é uma conquista para os pacientes e suas famílias, que terão mais essa alternativa para o desenvolvimento dessas crianças”, ressalta o secretário estadual de Saúde, Iran Costa.
Para ter acesso ao Keppra, a criança precisa ser atendida em alguma unidade referência do Estado para esse público. Além do laudo médico, serão solicitados o histórico clínico do paciente e exame físico geral, com ênfase nas áreas neurológica e psiquiátrica. O paciente também precisa ter idade superior a 1 mês.
REDE - Na última quarta-feira (02.08), o Hospital Regional Sílvio Magalhães, em Palmares, iniciou o atendimento de reabilitação em crianças com síndrome congênita do zika/microcefalia. No final de julho, o Hospital Belarmino Correia, em Goiana, também passou a integrar essa rede. Com isso, todas as 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres) agora contam com, pelo menos, 1 serviço de reabilitação. Atualmente, Pernambuco possui 32 centros de referência para essas crianças. Desses, 25 realizam trabalhos de reabilitação.
DADOS – Desde o início das notificações, em 2015, a Secretaria Estadual de Saúde computou 2.357 casos notificados, sendo 420 confirmados.
(Por Blog do Governo do Estado de Pernambuco)