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Mitos e verdades no desenvolvimento da fala

Rafael Dantas

Uma das coisas que as famílias mais querem é que suas crianças falem. Sabe-se que o desenvolvimento da linguagem é um dos preditores mais importantes do prognóstico de uma criança com Autismo, por exemplo.
Entre os maiores mitos relacionados ao desenvolvimento da fala, com certeza esse é o mais frequente e também o que causa maior prejuízo, na avaliação da fonoaudióloga Maria Bethânia Mendes.

Ela aponta a seguinte situação como mito: "A criança tem 2 anos e ainda não fala, mas vamos esperar, porque cada criança tem seu tempo.” Ela alerta que a ciência detalha alguns marcos no desenvolvimento da fala que devem ser observados pelos pais. A fonoaudióloga cita os seguintes:

Agenda TGI

- Uma criança com 18 meses deve falar cerca de 20 palavras, a maioria dissílabos: papa, mamã...

- Com 24 meses, deve falar em torno de 200 palavras.

- Com 3 anos, deve falar frases, iniciando o uso de tempos verbais, preposições, etc.

"Se a criança não está dentro dos marcos do desenvolvimento deve ser avaliada por um especialista. Não significa que ela tenha uma patologia, mas sim que, de acordo com os achados da avaliação, precisará ter a família orientada sobre como estimulá-la, precisará de fonoterapia para atraso de linguagem, ou ainda, deverá ser encaminhada para outros especialistas investigarem se além do atraso na fala, há algum diagnóstico primário", afirma Maria Bethânia Mendes.

A especialista afirma que caso nada seja encontrado, a família poderá seguir tranquila. Porém, se houver um atraso simples no desenvolvimento da fala ou algo mais complexo, subjacente a algum diagnóstico primário, a fonoterapia de início imediato poderá fazer a diferença no futuro dessa criança. "A comunicação, a fala, a linguagem, são fatores impactantes sobre a autonomia, independencia e qualidade de vida pessoal, familiar, social e laboral de todo indivíduo. Se perceber que o desenvolvimento da sua criança não está de acordo com o que é preconizado pelos marcos do desenvolvimento, não espere, procure o especialista", sugere a fonoaudióloga.

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