Na última semana aconteceu na Câmara do Recife uma Audiência Pública sobre a arborização da cidade, convocada pelo vereador Jayme Asfora Filho. No mesmo dia, o consultor Francisco Cunha entregou ao secretário de Meio Ambiente, Bruno Schwambach, o abaixo-assinado #EspinheiroSombreado, que solicitou um diagnóstico e um plano de ação para rearborização do Bairro do Espinheiro.
A derrubada de árvores na cidade é um tema que incomoda a população há alguns anos. O movimento no Espinheiro, no entanto, tem uma característica simbólica, visto que trata-se de um dos bairros mais arborizados no Recife. Se até no Espinheiro o sinal de alerta já foi dado, já passou da hora de instituir medidas mais efetivas de proteção dos ativos ambientais da capital pernambucana. E com a temperatura elevada da cidade, a manutenção das árvores e o plantio de novas é necessário para garantir um melhor microclima e assim, inclusive, estimular a mobilidade ativa.
Na audiência pública, o consultor Francisco cunha defendeu quatro aspectos principais:
1. Publicação prévia na internet dos laudos técnicos para qualquer erradicação de árvores na cidade.
2. Imediato replantio de todas as árvores erradicadas, em tamanho adequado para voltar a produzir sombra o mais rápido possível.
3. Cuidado obsessivo com as podas, visando à máxima preservação da sombra.
4. Elaboração e execução de planos de arborização/rearborização por bairro.
O vereador Jayme Asfora pretende apresentar em breve um projeto de lei defendendo essas medidas. O parlamentar ressaltou na audiência a relevância das árvores urbanas para tornar a cidade mais agradável e saudável ambientalmente. “Quanto mais verde nossa cidade for, mais ela vai estimular as pessoas a andarem pelas ruas e ocuparem os espaços públicos, contribuindo, inclusive, para a questão da segurança”, afirmou Asfora.
O documento entregue por Francisco Cunha ao secretário Bruno Schwambach denunciou que desde o final do século passado verifica-se “um processo de poda extensiva e erradicação de árvores sem plantio, o que tem provocado, na prática, a abertura de ‘clareiras’, o desaparecimento do efeito ‘túnel verde’, o aumento da insolação e, como resultado, a perda do sombreamento característico do bairro”.
Na edição de janeiro da Algomais teremos uma matéria sobre a mobilização em torno do Sombreado do Espinheiro.