Monitor de Secas registra o fenômeno em 100% de seis estados nordestinos – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Monitor de Secas registra o fenômeno em 100% de seis estados nordestinos

Da Agência Nacional de Águas

A última atualização do Monitor de Secas aponta que no Nordeste houve uma piora na condição de seca em fevereiro, marcada pelo aumento das áreas com seca fraca e/ou moderada em parte dos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, devido às chuvas abaixo da média ao longo dos últimos meses. Por outro lado, devido às precipitações acima da média no último mês, houve uma redução da área com seca fraca no Maranhão e atenuação do grau de severidade da seca entre a Bahia e o Piauí, onde passou de grave para moderada.

Na comparação entre janeiro e fevereiro, Alagoas teve um aumento da severidade do fenômeno com a ampliação das áreas com seca grave (de 6,7% para 9,6%) e seca moderada (de 16,9% para 40,5%). Desde outubro 2020, todo o território alagoano enfrenta o fenômeno.

A Bahia registrou um aumento da área com seca de 57,4% para 83,2% de seu território entre janeiro e fevereiro. Apesar do aumento da área com o fenômeno, houve um abrandamento da seca com o desaparecimento da seca grave na Bahia, o que é inédito para o estado desde julho de 2014, quando o primeiro Mapa do Monitor foi produzido. A área total com seca no estado foi a maior do Brasil em fevereiro (472.443km²) entre as 20 unidades da Federação acompanhadas.

Segundo o Monitor de Secas, em fevereiro o Ceará teve o fenômeno em 100% de seu território, o que não acontecia desde novembro de 2018. Em janeiro, a área total foi de 90,8% do Ceará. Nos últimos dois meses, houve uma expansão das áreas com seca moderada (de 29,1% para 34,2%) e fraca (de 61,6% para 65,7%). Esta é a maior extensão de seca moderada no estado desde fevereiro de 2020, quando 57,7% do território cearense enfrentou esse grau de severidade.

O Maranhão foi o único estado nordestino que teve a redução da área total com seca entre janeiro e fevereiro, que recuou de 74% para 61,9% do estado. Com isso, o Maranhão teve a maior área livre de seca no Nordeste em fevereiro: 38%. Esta é a melhor condição do fenômeno no estado desde setembro de 2020 e a melhor situação do Nordeste no último mês.

No caso da Paraíba, a área com seca moderada subiu de 46% para 58,2% entre janeiro e fevereiro, sendo que o restante do território está com seca fraca. Com isso, o estado tem a maior severidade do fenômeno desde março de 2020, quando 65,6% do território paraibano registrou seca moderada e o restante teve seca fraca.

Em Pernambuco, entre janeiro e fevereiro, a área com seca moderada subiu de 36,6% para 54,2%, sendo que o restante do território está com seca fraca. Assim, o estado tem a maior severidade do fenômeno desde março de 2020, quando 65,2% do território pernambucano registrou seca moderada e o restante teve seca fraca.

No Piauí a área livre de seca permaneceu no patamar de 8% entre janeiro e fevereiro. No entanto, a severidade do fenômeno teve uma redução no período com o desaparecimento da área com seca grave no estado. Desde o primeiro Mapa do Monitor, em julho de 2014, esta é a primeira vez que o território piauiense não registra seca grave, extrema ou excepcional. Em fevereiro, o estado teve 22,4% de área com seca moderada e 68,8% de seca fraca.

Entre janeiro e fevereiro, o Rio Grande do Norte teve um agravamento da seca com a ampliação da área com seca moderada de 49,9% para 81,8% do estado. O restante do território potiguar registrou seca fraca. Esta é a condição mais severa do fenômeno no Rio Grande do Norte desde fevereiro de 2020, quando 10,6% do estado teve seca grave e 54,7% do território enfrentou seca moderada.

Em Sergipe aconteceu um agravamento da seca entre janeiro e fevereiro com a ampliação das áreas com seca grave (de 22,4% para 33,6%) e seca moderada (de 41,4% para 53,2%). Esta é a maior área com seca grave no estado desde maio de 2019, quando 38,2% de Sergipe enfrentou esse grau de severidade do fenômeno. Em fevereiro, o estado teve a maior área com seca grave e seca moderada do Nordeste: 86,8%.

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