Mostra Xepa Cult celebra a resistência do índio pernambucano - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Mostra Xepa Cult celebra a resistência do índio pernambucano

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Em novo espaço, o projeto Xepa Cult - Mostra de Gastronomia de Tradição pelo Consumo Consciente realiza sua 2ª edição em 2019 neste sábado (13), no Pequeno Latifúndio, no bairro do Espinheiro, das 14h às 18h.

No mês em que se comemora o Dia do Índio, mas enxergando que a celebração da resistência dos povos indígenas como cotidiana, o projeto traz ao Recife, mestras cozinheiras da nação Truká, de Cabrobó. A dupla irá preparar receitas representativas do repertório culinário do cotidiano do seu povo: Surubim ao côco, com pirão de batata-doce, e uma singular sobremesa: creme de umbu.

Agenda TGI

O projeto, que difunde os saberes e sabores da cozinha de matriz africana e indígena de Pernambuco, tem ainda na programação, a aula-espetáculo “O Som do Barro”, com Mestre Nado de Olinda e a exibição dos curtas “Abril Indígena” e “Da Pedra da Letra à Pedra na Mesa”.

O público poderá acompanhar o processo de produção dos pratos feitos pelas Mestras Cozinheiras Truká: Selma Antônia da Silva Santos e Gilmária Maria da Luz Silva. Ao final, irá degustar as comidas. Toda a programação é gratuita.

TRAJETÓRIA
O projeto XepaCult teve início em agosto de 2017, com eventos mensais realizados no Centro de Cultura Luiz Freire, em Olinda, e na Casa Maumau, no Recife, com degustação gastronômica, aula-espetáculo “O Som do Barro” com Mestre Nado e seu grupo, e exposições fotográficas com a alimentação como tema.

No segundo ano, a Xepa Cult continua como mostra gastronômica e passa a realizar exibições audiovisuais, além da aula-espetáculo de Mestre Nado. A primeira edição de 2019 foi realizada no Mercado da Encruzilhada, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, com a participação das mestras cozinheiras quilombolas Elânia Lima do Nascimento e Cícera Maria da Silva, do Quilombo Barro Branco, de Belo Jardim.

Para criar o projeto, a pesquisadora, cozinheira e produtora Mônica Jácome se inspirou no movimento Slow Food, que defende a sociobiodiversidade alimentar e de valorização da agricultura familiar, prezando pela comida de verdade, boa, limpa e justa para todos.

LOCAL
O Pequeno Latifúndio é um lar. Não um bar. Surgiu do desejo da jornalista e produtora Aline Feitosa de ressignificar a casa em mora há 18 anos, no Espinheiro. Festeira por natureza, Aline trabalha desde 2008 com a cena musical da cidade, como criadora da Trago Boa Notícia, estúdio criativo que presta assessoria e consultoria em comunicação a projetos culturais e artistas. Desde 2017, ela abre o seu pequeno e conchegante quintal aos amigos e público interessado na cena independente da música, convidando, às quartas-feiras, artistas com trabalhos autorais consistente e maduros. A curadoria é feita pela própria Aline, que acredita que estamos em tempo de união e micropolíticas. Vez em quando, promove outros tipos de encontros culturais, como o PQno Sebo, rodas de samba autoral e bazar colaborativo. Lá também cultiva plantas e produz vasos em cerâmica, peças de arte e, recentemente, abriu as portas da casa para apresentações teatrais, todas as quintas-feiras. O lugar conta com uma cozinha afetiva, de preparos feitos pela própria família. Recebe até 50 pessoas, sendo 35 sentadas. Não possui mesas e nem garçons, pois o objetivo é preservar o silêncio nos momentos das apresentações. O ingresso de acesso tem preço único para qualquer evento: R$ 20, que devem ser pagos em dinheiro. 80% da renda da bilheteria é destinada aos artistas. Na venda de bebidas e comidas, o Pequeno Latifúndio aceita cartões de débito. Reservas pelo instagram da casa @pequenolatifundio.

SERVIÇO

XEPA CULT ANO II EDIÇÃO 2

Data: 13 de abril de 2019

Horário: das 14h ás 18h

Local: Espaço Pequeno Latifúndio (Rua Gomes Pacheco, 426 – Espinheiro)

Acesso gratuito

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