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Muito além do esquecimento

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Doença neurodegenerativa que provoca diminuição das funções cognitivas, o Alzheimer atinge cerca de 35,6 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, são estimados 1,2 milhão de casos, de acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz). Inicialmente, a doença pode se apresentar apenas com esquecimentos, principalmente para fatos recentes. Com a evolução, haverá prejuízo na orientação, atenção, linguagem e outras funções cognitivas.

A doença atinge, normalmente, pessoas acima dos 60 anos. Daí a dificuldade inicial do diagnóstico, pois os sintomas podem ser confundidos com o processo natural de envelhecimento – o esquecimento, sobretudo. “Uma avaliação clínica, levando em consideração o histórico do paciente e a realização de exames para a exclusão de outras doenças, se faz necessária para diagnosticar o Alzheimer. Quanto antes for identificada, maiores serão as chances de controlar os sintomas e retardar o avanço da doença”, explica a chefe da Neurologia do Hospital Esperança Recife, Carolina Cunha.

A ciência ainda desconhece as causas do Alzheimer, mas sabe-se que as perdas neuronais acontecem gradativamente, subdividindo a doenças em três estágios: inicial, intermediário e avançado. A idade é o principal fator de risco. Após os 65 anos, o risco de desenvolver a doença dobra a cada cinco anos.

Apesar de não ter cura, o tratamento permite melhorar a qualidade de vida do paciente e da família, já que a doença acaba atingindo o convívio social. “O paciente com Alzheimer tende a perder habilidades – como a capacidade de compreensão – e a autonomia para realizar tarefas corriqueiras, como pagar contas e fazer compras, por exemplo. Por isso é fundamental que a família se prepare para atender as necessidades de cuidados – alimentação, higiene, segurança – que poderão surgir”, aponta a neurologista. O tratamento é realizado a partir de medicamentos e de atividades que estimulam as funções cognitivas, como jogos e atividades físicas.

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