Apesar de queda na produtividade, região segue como importante polo da produção nacional de açúcar e etanol
Mesmo diante das adversidades climáticas, como a restrição hídrica enfrentada ao longo do ciclo 2024/2025, o Nordeste brasileiro deverá colher 54,4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O número representa uma queda de 3,7% em relação à safra anterior, reflexo direto da redução na produtividade média das lavouras. Por outro lado, a área plantada cresceu 1,6%, chegando a 897,5 mil hectares, o que reforça o empenho dos produtores em manter a competitividade da região.
A produção nacional também sentiu os efeitos da seca e das altas temperaturas, principalmente na Região Centro-Sul, que responde por mais de 90% da safra brasileira. Ainda assim, o país deve colher 676,9 milhões de toneladas, a segunda maior safra de cana da história, apesar de uma retração de 5,1% frente ao ciclo recorde anterior.
Com a queda na colheita, a produção de açúcar recuou 3,4%, ficando em 44,1 milhões de toneladas. Ainda assim, a Conab destaca que este é o segundo maior volume da série histórica, impulsionado por um mercado internacional favorável. “Apesar da redução em relação à última safra, a temporada que se encerra apresenta a segunda maior produção do adoçante na série histórica da Conab. Esse bom resultado é reflexo do mercado favorável ao produto, que fez com que boa parte da matéria-prima fosse destinada para a fabricação de açúcar”, explicou a estatal.
No setor de biocombustíveis, o etanol apresentou desempenho positivo, com alta de 4,4% na produção total, alcançando 37,2 bilhões de litros. Mesmo com a leve queda na produção a partir da cana, o avanço expressivo do etanol de milho, que cresceu 32,4% e somou 7,84 bilhões de litros, compensou a perda e ampliou a oferta nacional.