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Novidades no tratamento da incontinência urinária

Claudia Santos

Ela afeta a qualidade de vida, a sociabilidade e até os relacionamentos sexuais. A incontinência urinária acomete 25% a 30% da população feminina mundial entre 30 e 60 anos, um contingente que passa por limitações em razão da perda involuntária de urina. Mas já existem tratamentos eficazes que vão desde a cirurgia tradicional, passando por fisioterapia até o uso de laser.

A incontinência de esforço é a mais frequente e que ocorre durante a realização de uma atividade como espirrar, tossir, rir ou levantar peso na academia. Afeta principalmente mulheres no período da menopausa, quando ocorre uma redução da produção de estrógeno. Uma das funções do hormônio é manter firme a musculatura do assoalho pélvico, um conjunto de músculos que auxilia na sustentação de alguns órgãos como a bexiga, útero e intestino. Eles funcionam também como esfíncteres, isto é, como válvulas de fechamento, permitindo a retenção ou saída de urina. “Paciente na pós-menopausa, que teve muitos partos vaginais, tendem a ficar com a musculatura do assoalho pélvico mais frouxa levando à incontinência urinária”, esclarece Dimas Lemos Antunes, urologista do Hospital Jayme da Fonte.

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Também chamada de bexiga hiperativa, a incontinência de urgência é caracterizada por uma vontade súbita e imperiosa de urinar e, muitas vezes, a mulher não consegue chegar ao banheiro a tempo para evitar o escape de xixi. A sua bexiga se contrai independentemente de sua vontade. Os fatores que a causam até hoje são uma incógnita para a medicina. “Algumas mulheres apresentam os dois tipos de incontinência”, acrescenta Antunes.

Para os casos de incontinência de esforço - de leve a moderada – o mais recente tratamento é o uso do laser Fotona. Ele é introduzido na vagina por meio de um instrumento chamado ponteira e a sua luz estimula a produção de colágeno (proteína que dá sustentação à pele) tornando mais tonificada toda a musculatura da vulva e do canal vaginal. “O tratamento é realizado em três sessões, com intervalos de um mês, no próprio consultório médico. É indolor, sem cortes, nem sangramentos e não requer anestesia geral”, explica a dermatologista Beatriz Almeida. Também não é preciso se afastar das atividades rotineiras, apenas ter abstinência de sexual entre cinco a sete dias.

A especialista recomenda realizar as aplicações a cada ano. A nova terapia tem ainda reflexos na melhoria da qualidade da vida sexual, porque o laser além de promover um estreitamento das paredes da vagina, também produz aumento da lubrificação. “A paciente deixa de sentir dor durante a relação sexual, provocada pelo ressecamento que é comum nas mulheres menopausadas. Além disso, ao eliminar o relaxamento vaginal, o sexo torna-se mais prazeroso para ela e seu parceiro”, assegura Beatriz.

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