O trecho da BR-101 que passa dentro da cidade de Abreu e Lima é conhecido pelos congestionamentos, mas recentemente houve uma melhora na fluidez do trânsito no local. Segundo dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) No sentido Recife, os veículos demoravam em média 10 minutos para percorrer os dois quilômetros daquela travessia urbana, trajeto que agora demora menos de cinco minutos. Esta redução no tempo de viagem, segundo o órgão, deve-se à implantação de um novo sistema de gerenciamento inteligente dos semáforos.
Na avaliação do superintendente do DNIT, Cacildo Cavalcante, a implantação do sistema na localidade - onde 75 mil motoristas que trafegam diariamente - gerou uma melhora substancial na trafegabilidade e mobilidade dos usuários. “Além da diminuição em 50% do tempo de retenção, também reduziram, consideravelmente, as reclamações que recebemos via ouvidoria. Quem passa por Abreu e Lima diariamente com certeza percebeu a mudança. Tudo isso se atribui a melhoria do semáforo com o sistema de avaliação em tempo real”, afirma.
O sistema opera fazendo o monitoramento do fluxo de veículos através de câmeras, segundo Bernardo Limongi, gestor da empresa Sinalvida, responsável pela tecnologia. "Esses dados são continuamente enviados para uma central de controle que faz o cálculo dos tempos de distribuição de verde, defasagens e ciclos, tudo isso sincronizado e em tempo real", explica. A operação é feita de forma automática e independente da ação de um operador. “Desta forma, a programação dos semáforos é sempre a mais adequada para o tráfego daquele exato momento, otimizando a circulação dos veículos e evitando a formação de engarrafamentos”, completa.
Segundo o superintendente, o DNIT já está estudando a possibilidade de implantar a mesma tecnologia em outras localidades. “Recomendamos fortemente a utilização do sistema em entroncamentos que precisam de maior fluidez e em casos onde é preciso priorizar uma via do trânsito para minimizar transtornos. Semáforos em Igarassu e na BR-101 antiga já estão em estudo de viabilidade para receber a mesma solução”, completa.