*Por Rafael Dantas, repórter da Algomais
Nos próximos dias o Porto de Suape terá formalmente a retomada da sua autonomia, perdida em 2013, após a aprovação da Lei dos Portos. A novidade, aguardada há alguns anos, promete acelerar as tomadas de decisão na gestão do complexo e garantir maior celeridade em vários processos. Os bons ventos para o principal ancoradouro pernambucano em 2022 vão muito além desse anúncio. Os avanços no projeto de construção de um novo terminal de contêineres, a aposta no novíssimo polo de Hidrogênio Verde e a chegada de um aporte bilionário no setor farmacêutico são indicativos do novo ciclo de investimentos para a década, que tem ainda uma ferrovia para destravar no horizonte.
“O domínio sobre a gestão do porto é de fundamental importância para se alcançar agilidade nas ações e, consequentemente, ter aumento de sua competitividade, pois com a autonomia, o Porto de Suape consegue desburocratizar e acelerar os processos licitatórios, atrair novos investidores para a expansão da infraestrutura do gás e, a longo prazo, se consolidar como um dos principais polos de hidrogênio verde. A falta da autonomia torna mais morosa essa busca do Porto de Suape”, avalia o economista da Fiepe, Cézar Andrade.
Para exemplificar a diferença na velocidade na gestão com essa mudança, Roberto Gusmão, presidente do Complexo de Suape, explica que um processo de arrendamento portuário de 25 anos demora em média dois anos e meio. Com a autonomia de Suape, o mesmo processo poderia durar apenas seis meses. “Não tem como sermos atrativos para outros players com tamanha burocracia. Não por falta de vontade ou competência para fazer isso, mas a agilidade é maior com quem está perto. A retomada da autonomia será a cereja do bolo de um conjunto de ações deste ano para aumentar a competitividade do porto”, afirma.
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