O número de empresas inadimplentes continua crescendo na comparação anual. De acordo com o indicador calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a alta foi de 5,35% em 2017 – em 2016 a variação anual havia sido de 5,01% e em 2015 de 11,9%.
“A crise econômica vivida pelo país nos últimos anos impôs severas dificuldades para empresas e consumidores, afetando a capacidade de honrarem todos os seus compromissos”, afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro. “Ainda há efeitos da crise, mas também há sinais de retomada da economia. Para este ano, espera-se que, à medida que os negócios se recuperem, o fenômeno da inadimplência desacelere”, explica.
Número de dívidas tem crescimento de 3,64% em 2017
Outro indicador também mensurado pelo SPC Brasil e pela CNDL é o de dívidas em atraso. Neste caso, o crescimento foi de 3,64% na comparação anual.
“Ter acesso ao mercado de crédito é fundamental para a manutenção e expansão dos negócios. As empresas que se deparam com a restrições ao seu nome devem buscar uma boa negociação para suas pendências, algo que pode ser favorecido pelo ciclo recente de queda dos juros””, avalia a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Nordeste lidera crescimento do número de empresas negativadas
A abertura do número de empresas devedoras por região mostrou que, no Sudeste, o número de empresas negativadas na comparação anual avançou mais do que em outras regiões: a alta foi de 7,37%. Em seguida, aparecem o Sul (3,18%); o Centro Oeste (2,99%); o Nordeste (2,61%) e a região Norte (2,23%).
Em termos de participação, o Sudeste concentra a maior parte do número de empresas negativadas, com 46,14% do total. O Nordeste, por sua vez, concentra 20,77%, enquanto o Sul aparece com uma fatia de 17,07%.
Setor de Serviços lidera crescimento do número de empresas devedoras
O setor em que o número de empresas negativadas mais cresceu no ano foi o Serviços, com variação de 8,22%. Em seguida, aparecem os setores de Comércio (3,42%), Indústria (2,93%) e Agricultura (-0,99%).
Quando se analisa os setores credores, isto é, aqueles setores para os quais as empresas devem, o maior avanço da inadimplência foi observado pela Indústria (4,67%), seguida do setor de Serviços (4,12%) e Comércio (3,24%).