“O 5G vai trazer maior interatividade para a mão do consumidor.”

Imagine uma experiência imersiva em que o consumidor aponta o seu celular para um produto e de pronto descobre os preços nas lojas ao redor de onde ele está e nos diversos sites de e-commerce. Ele pode até assistir a um vídeo com o depoimento de consumidores que já compraram esse produto. Ou ainda, imagine o consumidor poder visualizar como um novo sofá ficaria na sua sala de estar. Essas são apenas algumas das grandes possibilidades proporcionadas pela tecnologia 5G. O leilão para a escolha das empresas que vão operar a tecnologia no Brasil foi concluído na sexta-feira (5/11), mas sua implantação deve ter início no meio do ano que vem.

Nesta entrevista a Cláudia Santos, Benedito Macedo, diretor executivo de desenvolvimento e operações do C.E.S.A.R., projeta outras aplicações que o 5G pode ter em áreas como a saúde, o agronegócio e na gestão de cidades. Formado em administração de empresas, com mais de 35 anos de experiência no desenvolvimento de produtos e serviços inovadores, ele também analisa o resultado do leilão e defende a mobilização da sociedade para que a nova tecnologia contribua para o desenvolvimento do País e para a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros.

O que é a tecnologia 5G e quais as suas vantagens?

Uma nova tecnologia de comunicação móvel, que segue a linha evolutiva do 3G/4G. Os principais diferenciais são maior velocidade nas conexões, menor tempo de resposta (menor latência), uma maior concentração de equipamentos em uma área, uma maior interoperabilidade entre equipamentos de diferentes fornecedores e, por fim, uma arquitetura distribuída de processamento na borda da rede (edge computing). Provavelmente a primeira vantagem que o público em geral vai notar é que vai ser mais rápido para baixar um vídeo ou que o streaming vai ter uma qualidade maior e menos falhas.

Quais as principais aplicações do 5G?

A maior velocidade vai beneficiar todo tipo de aplicação. Especificamente existem diversas aplicações sendo testadas e/ou previstas para as áreas de saúde, educação, logística e transporte, entretenimento e games, cidades inteligentes, segurança pública. Mas o salto tecnológico para o 5G será bem maior do que foi o do 3G/4G, dessa forma, diversas aplicações serão recriadas de uma maneira que ainda não somos capazes de imaginar ou prever. É um processo criativo, iterativo e incremental.

O senhor acredita que o 5G será acessível a um grande número de pessoas ou levará algum tempo para a maioria da população brasileira ter acesso a essa tecnologia?

Grande parte da população brasileira está concentrada nas grandes cidades, incluindo as capitais. A previsão da chegada do serviço para as capitais e o distrito federal é julho/2022. Entretanto, a implantação de uma rede de comunicação em um país continental como o Brasil requer altos investimentos e um tempo na escala de anos. Inclusive as exigências do edital do 5G já incorporam exigências nessa escala temporal, por exemplo, a cobertura das cidades de 30 mil habitantes será somente em julho de 2029.

O que o senhor achou do resultado do leilão do 5G?

Apesar de tardio, a previsão inicial era que o leilão fosse realizado em 2020, os resultados foram bons e não trouxeram grandes surpresas. Dos 26 blocos colocados à disposição, somente três não tiveram proposta. Como esperado, as grandes operadoras ficaram com os blocos nacionais, e houve a entrada de novos competidores, que é muito bom para o usuário final, pois com uma maior concorrência, os preços podem cair mais rapidamente. O leilão arrecadou cerca de R$ 7 bilhões em outorgas e R$ 47,2 bilhões em obrigações.

Leia a entrevista completa na edição 188.2 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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