O “emprego padrão” ficou no passado - Revista Algomais - a revista de Pernambuco
OBSERVATÓRIO DO FUTURO

OBSERVATÓRIO DO FUTURO

Bruno Queiroz Ferreira

O “emprego padrão” ficou no passado

Sabe aquele emprego de oito horas por dia na mesma função e no mesmo local? Não é somente a crise que está impactando a sua oferta. O avanço da tecnologia está mudando rapidamente a configuração considerada como “emprego padrão” pelos especialistas.
Nesse sentido, de acordo com um estudo da Sinovation Ventures, os empregos menos ameaçados pela tecnologia são aqueles que possuem, no mínimo, uma dessas características: criatividade (pesquisa e trabalhos acadêmicos), complexidade (estratégia e planejamento), destreza (engenheiros e cirurgiões) e empatia/compaixão (cuidados pessoais e professores).
Do ponto de vista dos trabalhadores com essas habilidades, de acordo com pesquisa da consultoria ADP, realizada em 12 países incluindo o Brasil, as empresas vão precisar oferecer novas condições:

Flexibilidade – A liberdade de escolha sobre onde e em que horário trabalhar é um dos aspectos mais importantes reportados na pesquisa. Dos entrevistados brasileiros, 77% querem ter controle e flexibilidade sobre local e modo de trabalho. Segundo outra pesquisa, da consultoria Robert Half, na lista dos itens mais importantes para se decidir sobre um trabalho nos EUA, horário flexível é o segundo ponto mais importante e trabalho remoto ficou na quarta posição.

Autonomia – Redefinição da relação de trabalho entre superiores e subordinados, que aponta cada vez mais para as estruturas menos hierarquizadas e mais colaborativas. Apesar disso, o Brasil é um dos países mais resistentes. Apenas 39% dos entrevistados, acreditam que as empresas locais irão investir em sistemas de autogestão nos próximos anos.
Por outro lado, as empresas também começaram a exigir desse tipo de trabalhador novas habilidades para se candidatar e permanecer no emprego:

Autodidatismo – É a capacidade de aprender sozinho. Por causa das rápidas mudanças impostas pela tecnologia, o conhecimento técnico tende a deixar de ser formal e linear, como acontece atualmente nas escolas e universidades, e passará a ser verticalizado e descentralizado. Portanto, mais do que um diploma, as empresas vão dar relevância ao conhecimento, que deve estar sempre atualizado.

Responsividade – É a capacidade de responder de maneira rápida e adequada a novas situações. Como a mudança dos mercados será uma constante daqui por diante, também por causa dos avanços tecnológicos, o profissional precisa estar pronto para se ajustar rapidamente às novas demandas dentro da empresa. Isso significa que o trabalhador precisa ter mais de uma habilidade técnica bem desenvolvida.

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