Neste novo contato com você, caro(a) leitor(ora), vou dar prosseguimento ao assunto abordado na minha estreia, nesta coluna. Aliás, pretendo ampliar a discussão a respeito da trilogia que, assim como nas telas de cinema obviamente teve três edições (1985/1989/1990), pode ser dividida, na vida real da capital pernambucana, em três momentos: O início da abertura da avenida Dantas Barreto (1943), assunto abordado na coluna anterior (se você não leu ainda, recomendo, para se situar), a criação da Aries (Agência Recife para Inovação e Estratégia), em 2013, e a data dos 500 anos do Recife, em 2037.
Caso você ainda não sabia, a nossa Veneza Brasileira será, em 2037, a primeira capital atual do País a completar cinco séculos. Quem discorda de que será um verdadeiro marco histórico? E, muito além da mania de grandeza que dizem termos (que, por si só, já demonstra o orgulho de sermos recifenses, independente de todos os desafios e obstáculos que ainda temos pela frente), será o símbolo dessa caminhada para chegarmos mais próximos desse futuro que tanto queremos para nós, nossos filhos e netos.
Pois bem, além do gigantesco boulevard, que deve começar no Palácio do Campo das Princesas (Praça da República), passando pelo antigo prédio do INSS, avenida Guararapes, avenida Dantas Barreto, até chegar à frente d'água, no Cais Estelita, (detalhado pelo arquiteto e urbanista Roberto Montezuma, na coluna do mês passado), há um outro projeto para um dos atores principais da nossa cidade: o rio Capibaribe. E, esse projeto tem nome: Parque Capibaribe, fruto das discussões iniciadas lá em 2013, pela Aries, dando vida ao Plano Recife 500 Anos, que tem como uma das metas reaproximar o recifense do rio que, antes de chegar à capital, percorre outros 41 municípios.
A idéia é a de garantir, ao longo da margem do rio, a existência de corredores ecológicos e parques, num grande e integrado sistema que permita essa interação entre pessoas e meio ambiente, possibilitando melhorar a qualidade de vida, socializando, unindo e cuidando desse ecossistema do qual fazemos parte.
E ninguém pode dizer hoje que isso é uma utopia. Já estamos observando essas mudanças em alguns pontos da cidade. São eles: O Jardim do Baobá, ali por trás da estação Ponte D’Uchoa, na avenida Rui Barbosa, na Praça Otávio de Freitas, e no recém-concluido Parque das Graças, que liga as pontes da Torre e da Capunga, pela margem do rio Capibaribe. Isso é o que poderíamos chamar de uma “degustação” do que pode (e está) por vir. Quando completo, o Projeto do Parque Capibaribe prevê mais de 30 quilômetros de extensão, com áreas requalificadas desde o Parque Santana e Caiara, passando pelo Parque da Jaqueira pelas pontes da Torre, Capunga e chegando até a Ponte e praça do Derby.
Além disso, estão previstos, 200 km de rotas cicláveis, 12 passarelas, ligando 24 bairros pelo rio e 140 km de vias que estarão integradas ao meio ambiente, reoxigenando a cidade. Dê um like por isso! :). Trata-se de um projeto de longo prazo prioritário, que vai além de políticas de governo, deste ou daquele gestor municipal. Na verdade, é um projeto de Estado ( e, não confunda com do Estado).
E, como em todo final de filme rolam as cenas extras após os créditos, vou dar um “spoiler” da próxima coluna, para o “Recife de volta pro futuro 3” o último desta série: vamos falar sobre uma outra trilogia que já está disponível para sua leitura e que contém todas essas e muito mais informações sobre o projeto Recife 500 anos…Aguarde! 🙂