Obesidade e a Covid-19 – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Obesidade e a Covid-19

Obesidade está entre as doenças crônicas que colocam pessoas em grupo de risco da Covid-19.  A obesidade é causada, principalmente, pela alimentação inadequada ou excessiva (quando há abundância de alimentos e baixa atividade energética), mas também pode ocorrer por fatores genéticos ou até psicológicos como o estresse, ansiedade, depressão, que podem desencadear a compulsão alimentar. Distúrbios endócrinos também podem estar presentes. Por sua vez, episódios de apneia do sono, dificuldade para movimentar-se, cansaço frequente e distúrbios no ciclo menstrual nas mulheres podem acompanhar a obesidade.

Problema importante é constituído pelo acúmulo de gordura no organismo que aumenta o risco de doenças como hipertensão arterial, asma, diabetes, apneia do sono, acúmulo de gordura no fígado e outras doenças crônicas que, neste momento de pandemia da Covid-19, incluem
as pessoas no chamado grupo de risco.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Natal, a vítima mais jovem a falecer no Brasil com a COVID-19, um jovem de 23 anos do Rio Grande do Norte, era obeso e veio a óbito no último dia 31 de março, em um hospital particular.  “A melhor maneira de se prevenir, além dos cuidados gerais com a hipertensão, diabetes, hipercolesterodemia, entre outros, é estar atento à ingestão de alimentos saudáveis, ricos em proteínas, fibras e sais minerais e pobres em açúcar e gorduras. A ingestão de uma boa quantidade de água é desejável, além da realização de atividade física de rotina”, afirma Joaquim Prado de Moraes Filho, Diretor de Comunicação da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG).

Em casos mais complexos, o uso de medicamentos, desde controladores de apetite até os que reduzem a absorção de gordura pelo organismo, podem ser utilizados. “A cirurgia bariátrica é recomendada para pessoas que possuam IMC acima de 35 e que tenham enfermidades associadas à obesidade e para aqueles que têm IMC acima de 40 e não conseguem emagrecer com outros tratamentos”, afirma o médico.

De todo modo, a melhor maneira de se evitar o sobrepeso e a obesidade é a adoção de hábitos alimentares saudáveis e a prática regular de exercícios desde cedo. “Temos que lembrar também das crianças. De acordo com o Vigitel ( Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde, cerca de 12,7% dos meninos e 9,4%
das meninas são obesos. Caso não se tome uma medida com relação ao assunto, a OMS projeta que o número de crianças com sobrepeso e obesidade pode chegar a 75 milhões no mundo”, finaliza Joaquim Prado de Moraes Filho.

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