Os profissionais da era digital – Revista Algomais – a revista de Pernambuco
OBSERVATÓRIO DO FUTURO

OBSERVATÓRIO DO FUTURO

Bruno Queiroz Ferreira

Os profissionais da era digital

A transformação digital acontece de maneira diferente em cada mercado e região. As diferenças de modo, tempo, espaço e intensidade também ocorrem com os profissionais. De uma forma geral, há os profissionais que rejeitam, os que compreendem e os que vivem a transformação digital. Onde você se enquadra?

Os profissionais que rejeitam a transformação digital são aqueles que possuem o seguinte discurso: ainda está muito longe de ocorrer na prática; isso vai demorar muito para chegar na minha profissão; mesmo que ocorra, sempre vai ter espaço para quem sabe muito; já estou velho demais para mudar e vou continuar assim; isso é uma fase e vai passar; entre outros tantos exemplos. Esse grupo é a maioria dos profissionais atualmente e tem certeza de que nada vai acontecer com eles. A idade não é um fator determinante, mas normalmente esses profissionais se enquadram na faixa acima dos 50 anos. Não querem sair da zona de conforto que já conquistaram, mas também não avaliam os riscos de perderem essa conquista no futuro.

Aqueles profissionais que têm a compreensão dos impactos da transformação digital formam o grupo que mais cresce nesse momento. No entanto, diferentemente do primeiro grupo, eles têm mais questionamentos do que certezas: será que vou perder meu emprego? Devo mudar de profissão antes que a minha deixe de existir? Quais as profissões em alta no futuro? Entrar na faculdade novamente ou fazer uma especialização? Esse tipo de profissional está no meio do caminho da transformação digital: com um pé no analógico na vida profissional e outro no digital na vida pessoal. Normalmente, estão na faixa dos 35 anos e sabem da necessidade de mudar parte da sua vida para se adaptar aos desafios da transformação digital.

O terceiro tipo é aquele que entende e vive a transformação digital tanto na sua vida pessoal, quanto profissional. Ele faz parte de um grupo muito restrito que vem liderando as empresas jovens, que nasceram na era digital e não conhecem o mundo sem internet, assim como eles. As startups são um bom exemplo do tipo de empresa onde esse profissional trabalha. Mas há alguns problemas: não possuem experiência técnica, nem vivência. Estão em seu primeiro emprego. São instáveis emocionalmente e se desestimulam rapidamente se não forem desafiados com frequência em suas tarefas. Eles estão na faixa dos 25 anos e querem crescer rapidamente, mesmo sem maturidade para enfrentar tanta responsabilidade ao mesmo tempo.

De uma forma geral, não importa se você rejeita, compreende ou vive a transformação digital. Não importa também a maneira, o tempo, o espaço e a intensidade. Só uma coisa é certa: a transformação digital afetará todas as profissões. Avaliar esses impactos e se adaptar rapidamente é a melhor maneira de não ficar sem trabalho no futuro.

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