*Paulo Caldas
A arte do cordel, tão comum às letras tangidas por mãos masculinas, cedeu destaque aos versos delicados, porém marcantes, da pernambucana Paola Tôrres, em “Pagu: do punho à pena escritos de liberdade”, lançadoquando do Festival Internacional do Livro de Paraty, FLIP- Rio de Janeiro, versão que homenageou Patrícia Galvão, a inesquecível Pagu.
Nascida no interior de São Paulo, em 1910, a jornalista, escritora, poeta, artista plástica e tradutora Patrícia Galvão, a conhecida Pagu, foi uma referência feminina no seu tempo. Participante ativa do Movimento Modernista nos anos de 1920, publicou o romance “Parque Industrial” no esquema do livro “Proletário”, hoje conhecido como edição do autor, além de contos policiais. Ligada a Tarcila do Amaral, foi casada com Oswaldo de Andrade. Filiada ao Partido Comunista, quando da militância política foi presa vinte e três vezes. Faleceu de câncer em 1962.
A publicação tem o prefácio assinado por Cida Pedrosa, ilustrações de Jô Oliveira, diagramação de Raoni Kachielé, revisão de Milena Bandeira e Rouxinol do Rinaré. Os exemplares podem ser adquiridos no site Amazon.
*Paulo Caldas é Escritor