Parada cardiorrespiratória: Como agir em casos de emergência e salvar vidas? – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Parada cardiorrespiratória: Como agir em casos de emergência e salvar vidas?

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A parada cardiorrespiratória (PCR) é um evento súbito que interrompe a circulação sanguínea e a oxigenação dos órgãos, podendo levar à morte em poucos minutos. Segundo dados do Ministério da Saúde estima-se que ocorram mais de 300 mil casos de parada cardiorrespiratória por ano no Brasil, sendo a principal causa de morte súbita no país.

Diante da gravidade do problema, a presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), Fátima Dumas Cintra, ressalta a importância de a população estar ciente das ações imediatas que podem ser tomadas em casos de PCR, aumentando as chances de sobrevivência das vítimas.
“Em caso de suspeita de parada cardiorrespiratória, o primeiro passo é acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) pelo telefone 192, informando detalhadamente a situação e o local do incidente. Enquanto o socorro especializado não chega, a realização de manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) por pessoas próximas à vítima pode ser crucial”, explica Fátima.

A RCP consiste em compressões torácicas e ventilação boca a boca, seguindo as recomendações internacionais:

  1. Colocar a vítima deitada de costas sobre uma superfície firme.
  2. Ajoelhar-se ao lado da vítima e posicionar as mãos sobrepostas no centro do peito.
  3. Realizar compressões torácicas firmes e rápidas, a uma frequência de 100 a 120 compressões por minuto.
  4. Se possível, intercalar a ventilação boca a boca, com uma relação de 30 compressões para 2 ventilações.
  5. A utilização de desfibriladores externos automáticos (DEAs), presentes em locais públicos e privados, também pode ser fundamental para reverter uma parada cardiorrespiratória. O DEA fornece orientações claras e seguras, mesmo para pessoas sem treinamento prévio.
    A Sobrac destaca a importância de cursos de primeiros socorros e treinamentos em ressuscitação, que aumentam a probabilidade de sucesso nas ações diante de uma PCR. A conscientização da população é imprescindível, pois cada minuto sem intervenção reduz a chance de sobrevivência em cerca de 10%.

Nos últimos anos, o Brasil tem se empenhado na luta contra as mortes por parada cardiorrespiratória (PCR), principal causa de morte súbita no país. Campanhas educativas e treinamentos em técnicas de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) têm sido promovidos por instituições governamentais e não governamentais, com o objetivo de disseminar conhecimento e preparar a população para agir em casos de emergência.

A taxa de sobrevivência em casos de parada cardiorrespiratória fora do ambiente hospitalar no Brasil ainda é baixa. No entanto, acredita-se que o aumento da conscientização e o treinamento em RCP possam elevar esse índice, salvando milhares de vidas a cada ano. “O enfrentamento das mortes por parada cardiorrespiratória é um desafio que depende do engajamento e esforço conjunto de toda a sociedade. Através da disseminação de conhecimentos, da capacitação dos cidadãos e da implementação de políticas públicas, o Brasil caminha para diminuir a incidência desse grave problema de saúde pública”, disse a presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas.

Ciente da gravidade do problema, é fundamental que a sociedade esteja preparada para agir em casos como este. O conhecimento e a prática das manobras de ressuscitação podem fazer a diferença entre a vida e a morte. A SOBRAC promove ações de conscientização em prol da população, através da campanha Coração na Batida Certa. O objetivo dessas ações é levar ao público leigo informações consistentes sobre as arritmias cardíacas, suas causas e consequências, entre elas a morte súbita cardíaca.

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