O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), defendeu ontem (19) a aprovação da reforma da Previdência ainda este semestre. Já o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a aprovação é viável na Casa ainda no primeiro semestre, mas que os defensores da reforma precisam convencer os 320 deputados sobre a importância das mudanças nas regras previdenciárias.
Para Alcolumbre, os brasileiros estão compreendendo que, sem essa reforma da Previdência, em quatro ou cinco anos o Brasil não terá condições reais de cumprir suas obrigações. “O orçamento de um país que tem 4% de capacidade de investimento é de que não vai diminuir as desigualdades”, disse Alcolumbre. Segundo o presidente do Senado, a reforma da Previdência é “a mãe das reformas do Brasil”.
Em entrevista na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Alcolumbre havia dito que faltava “ajuste fino” na política para que a nova Previdência fosse aprovada. “Os senadores todos têm interesse em aprovar a reforma. Essa reforma não é do governo Jair Bolsonaro. Essa reforma da Previdência é para salvar o Brasil. Mas os senadores e deputados querem fazer parte, querem se achar parte desse processo. E nas bases eleitorais, senadores e deputados são cobrados”, disse. O presidente do Senado, no entanto, reconheceu que a articulação do governo com o Congresso é lenta. Mas que agora está ocorrendo, melhorou, e está fazendo a diferença. “As coisas avançaram muito nos últimos 30 dias. O presidente, pessoalmente, entrou em campo para apresentar para o Parlamento a importância da aprovação dessa reforma. E isso faz toda a diferença”, acrescentou.
Rodrigo Maia se mostrou confiante na aprovação da reforma e disse que, mesmo que não haja apoio de parlamentares agora, esse quadro mudará quando começar um diálogo com as bancadas dos partidos. “Política é diálogo, conversa, paciência e equilíbrio. Não temos 320 deputados que foram eleitos com a agenda da reforma da Previdência. Temos que mostrar aos 320 a importância da reforma. Nós, que defendemos a urgência e a decisiva reforma da Previdência, precisamos mostrar a 250, 280 deputados que não foram eleitos com essa agenda, que, para que o Brasil volte a investir, a gente precisa da reforma da Previdência”, disse Maia.
Pesquisa recém publicada pelo Instituto MDA, encomendado pela CNT, apontou que 45,6% da população se diz contra a reforma e 43,4% são favoráveis ao projeto. A pesquisa publicada pela XP Investimentos/Ipespe apresentou que a maioria da população é favorável a reforma, mas que 70% é contrária a proposta da idade mínima proposta pelo presidente Jair Bolsonaro.
(Com informações da Agência Brasil)