Páscoa 2025: 34% Dos Recifenses Devem Abrir Mão Dos Chocolates Devido Ao Alto Custo Do Cacau - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco
Páscoa 2025: 34% dos recifenses devem abrir mão dos chocolates devido ao alto custo do cacau

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Estudo da UniFAFIRE revela mudanças no consumo de ovos, pescados e viagens durante o feriado prolongado

A tradição dos chocolates na Páscoa perdeu força em 2025 para parte dos recifenses. Segundo pesquisa inédita realizada pelo Núcleo de Inteligência de Mercado do UniFAFIRE, 33,84% da população da Região Metropolitana do Recife (RMR) declarou que não pretende comprar nenhum tipo de chocolate neste ano. O principal motivo é o preço elevado do cacau, que enfrenta uma crise de oferta e demanda global, com impactos diretos no bolso do consumidor.

Mesmo entre os que vão manter a tradição, o comportamento de compra mudou: apenas 25% optam pelos tradicionais ovos de Páscoa, enquanto 38,65% preferem barras de chocolate, mais econômicas. A maioria dos entrevistados (43,08%) declarou que deve gastar entre R$ 50 e R$ 100 com os produtos da data. Para o educador financeiro João Paulo Nogueira, coordenador do estudo, o cenário reflete escolhas mais racionais diante da inflação do cacau. “A menos que haja uma revolução na produção ou uma queda inesperada na demanda, o mercado de cacau deve continuar sob forte pressão em 2025 e além”, alerta.

O levantamento também mostra que o consumo de pescados, tradição na Semana Santa, continua firme. Cerca de 73,79% dos entrevistados afirmaram que pretendem comprar peixes ou frutos do mar neste período, com valor de compra semelhante ao dos chocolates. Já sobre viagens no feriado, 69% dos entrevistados afirmaram que vão permanecer na cidade, priorizando celebrações religiosas e evitando custos extras típicos da alta temporada.

Entre os 26,21% que pretendem viajar, o litoral é a escolha da maioria (50,67%), com destinos como Porto de Galinhas e Itamaracá liderando as preferências. As cidades serranas, como Gravatá, também aparecem como opção para os que buscam descanso em meio à natureza. “Mesmo em tempos de restrições financeiras, os hábitos culturais persistem, ainda que de forma mais contida”, avalia Nogueira.

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