Prefeito defende educação, inovação e planejamento como pilares para o futuro da região metropolitana, da capital e do Estado. Fotos: Tom Cabral
Durante palestra sobre o futuro da Região Metropolitana do Recife e o papel do Recife no desenvolvimento do Estado no encontro de ontem do projeto Pernambuco em Perspectiva, o prefeito João Campos destacou que a capital tem o desafio de planejar as próximas décadas enquanto executa ações concretas no presente. O evento, promovido pela Revista Algomais e pela Rede Gestão, reuniu lideranças públicas, especialistas e representantes do setor produtivo para discutir soluções de crescimento sustentável e inclusão social.
Educação como base do desenvolvimento
João Campos abriu sua fala ressaltando que o maior ativo do Recife é o investimento em pessoas. “A gente só tem esse ativo porque investe em capital humano, a gente investe nas pessoas, e a gente precisa continuar a fazer isso”, afirmou. O prefeito destacou que a educação integral e o acesso à creche são as políticas públicas mais transformadoras, capazes de romper ciclos de desigualdade e impulsionar o desenvolvimento.
Ele lembrou que, em pouco mais de três anos, o Recife criou mais de 6.500 novas vagas de creches, de educação integral. “Não adianta só você fazer aquilo que nunca foi feito, é preciso ter uma capacidade de gestão, de poder identificar o problema na ponta”, disse, reforçando a importância da execução eficiente de políticas públicas.

Inovação e transformação digital
Outro ponto central da palestra foi o papel da inovação no serviço público. Campos destacou que o Recife se consolidou como referência nacional na área, sendo a primeira cidade do Brasil a regulamentar o marco legal das startups e a realizar contratações por inovação aberta. “Nós fomos a primeira cidade do Brasil a regulamentar o marco legal das startups e a primeira capital a fazer a contratação por inovação aberta”, afirmou.
De acordo com o prefeito, a transformação digital da gestão tem proporcionado ganhos de eficiência, transparência e impacto direto na vida da população. O uso de dados para aperfeiçoar políticas públicas e facilitar o acesso a serviços municipais foi citado como um dos diferenciais da administração recifense, que hoje exporta soluções para outras cidades brasileiras.
Planejamento e visão de futuro
Em sua fala, o prefeito defendeu que o planejamento urbano deve ter uma visão de longo prazo, conectada à capacidade de agir no presente. “O desafio do gestor é poder conectar a visão de 30 a 40 anos na frente, mas ter a capacidade de botar a sua pedra dentro do quebra-cabeça no dia de hoje”, disse. Campos citou iniciativas voltadas à sustentabilidade e à resiliência urbana, como obras de macrodrenagem e monitoramento climático, destacando que o Recife tem atuado para se preparar para os desafios das próximas décadas.
O prefeito mencionou também a importância de fortalecer o diálogo com os municípios vizinhos, em um contexto de planejamento metropolitano mais integrado, mas sem se aprofundar no tema. Ele encerrou reforçando que o sucesso de uma gestão pública moderna depende da combinação entre visão estratégica, capacidade de execução e foco em resultados sociais.

O encontro contou com a mediação de Ricardo de Almeida e com uma palestra de Francisco Cunha sobre o projeto Pernambuco em Perspectiva. Confira a cobertura completa na próxima edição da Revista Algomais.