*Por Rozário Azevedo
O que podemos pensar quando ouvimos a expressão “Design Thinking”? E “Design Thinking para Educação?” Certamente, somos remetidos à ideia de criação, de planejamento e de pensamento. O Design Thinkinkg (DT) é uma abordagem prática para pensar de forma diferente e criativa a solução de problemas por meio de um caminho mais humano, centrado nas pessoas. Voltado para Educação, o DT nos possibilita pensar soluções e aprendizagens colaborativas e contextualizadas. A criatividade vem como um dos pontos fortes da metodologia, desenvolvendo o protagonismo dos estudantes no percurso de aprendizagem e de construção de soluções coletivas.
Difundido pela empresa de design e inovação IDEO, na Califórnia (Vale do Silício), o Design Thinking for Educator foi o primeiro material lançado voltado para especificidades da educação, ainda em 2012. No Brasil, a proposta já encontra reverberação em diversas experiências como o próprio Design Thinking para Educadores, versão da proposta IDEO e adaptada pelo Instituto Educadigital e a Escola de Design Thinking, da instituição ECHOs – Laboratório de inovação.
A partir de etapas como conhecer previamente uma determinada questão; levantar informações sobre o problema; pensar protótipos para as soluções; experimentação dos modelos até chegar na versão “final” da solução, é desencadeada a construção de uma verdadeira sementeira de pensamentos e ações criativas. Essas diversas etapas permitem momentos de retroalimentação constante tornando o processo dinâmico e de múltiplas releituras.
Outro aspecto importante do DT para a Educação é a valorização do processo não apenas o fim, mas também provocando constantes reflexões sobre o erro para assim avançar nas soluções pensadas, criando espaços de pensar/pratica, rever/recriar. O Design Thinking pode ser vivenciado como uma metodologia para compreender a polissemia da produção do conhecimento, a autonomia, a valorização do humano e o sentido colaborativo para a resolução de problemas. O trabalho pode alcançar desde os alunos até professores e à própria gestão pedagógica.
O objetivo dessa proposta é ampliar as aprendizagens para além de disciplinas ou áreas específicas do conhecimento, tornando essas aprendizagens em movimentos colaborativos de soluções para a humanidade. O intuito é desencadear um pensamento cada vez menos individualista e individualizante, sem pensar que práticas como essas impossibilitam outras aprendizagens curriculares.
*Rozario Azevedo é diretora pedagógica do Lubienska Centro Educacional e doutoranda em Educação na Universidade Federal de Pernambuco. Mestra em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco-UFPE (Formação docente e práticas pedagógicas), possui graduação em Pedagogia (UFPE).
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