Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa destaca a força e os desafios do setor, que já representa 94% do tecido empresarial do estado. Foto: Freepik
De janeiro a agosto de 2025, Pernambuco registrou a abertura de 109,3 mil pequenos negócios, uma alta de 36,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. O levantamento do Sebrae/PE aponta que micro e pequenas empresas, além dos MEIs, são responsáveis por 32% do Produto Interno Bruto estadual e por 94% do tecido empresarial. Esses números reforçam a importância do setor, especialmente em meio às comemorações do Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa, celebrado hoje, em 5 de outubro.
Papel estratégico
“Comemorar o Dia da Micro e Pequena em Pernambuco é mais do que simbólico. É uma forma de reconhecer o papel vital que os pequenos negócios desempenham na economia, cultura, inovação, competitividade e geração de renda e oportunidades no estado. Tendo o Sebrae como parceiro estratégico permanente, eles também estimulam o empreendedorismo local, ajudam a preservar tradições e o saber fazer e colaboram para a melhor distribuição econômica, o desenvolvimento sustentável e a inclusão social na região”, afirma o superintendente do Sebrae/PE, Murilo Guerra.
Geração de empregos
Os pequenos negócios foram responsáveis pela criação de 25,3 mil vagas com carteira assinada em Pernambuco entre janeiro e julho deste ano, o que corresponde a 81% do saldo estadual de empregos formais, segundo dados do Caged. O setor de Serviços liderou a geração de oportunidades, com mais de 14,2 mil postos, seguido pela Construção Civil, com 5,2 mil. Para a economista do Sebrae/PE, Sylvia Siqueira, o aumento de registros de CNPJs aponta para um ambiente mais favorável ao empreendedorismo por oportunidade, com maior potencial de inovação e diversificação produtiva.
Desafios e mortalidade
Apesar dos avanços, o estudo também alerta para os desafios do setor. Entre janeiro e agosto, 62,4 mil empresas encerraram as atividades no estado, resultando em uma taxa de mortalidade de 52%. As principais dificuldades estão ligadas a juros altos, inflação persistente, falta de crédito e problemas de gestão. “Esses fatores têm refletido na redução do tempo de vida e aumento da taxa de mortalidade empresarial, com efeitos em todos os portes e setores econômicos”, explica Sylvia Siqueira. Ainda assim, 81% dos empreendedores pernambucanos seguem ativos há mais de dois anos, superando a média nacional.