Além do isolamento social, quebras na rotina de exercícios e alimentação tem produzido um efeito em cadeia na saúde de todos, sobretudo quando falamos da Terceira Idade. Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, aproximadamente 20% das pessoas com mais de 75 anos são afetadas por sarcopenia, doença que ocasiona perda de massa e força muscular.
Para Marcos Miranda Filho, médico radiologista da Lucilo Maranhão, o problema ainda é pouco conhecido. “Hoje em dia todos nós aprendemos a falar osteopenia e osteoporose, mas a sarcopenia ainda parece um nome estranho. Os ossos e músculos fazem parte do mesmo mecanismo, sendo igualmente importantes, apesar disso, fraturas e dores na articulação acabam em evidência”, comenta.
Segundo o médico, a melhor prevenção da sarcopenia é o exercício físico e boa alimentação. “O sedentarismo conduz o corpo para um lugar de fragilidade, fazendo com o que os estímulos de contração dos músculos diminuam, o que consequentemente provocará a perda da massa muscular de forma mais acelerada” destaca. A sarcopenia costuma comprometer a velocidade da marcha, equilíbrio, coordenação motora e mobilidade do idoso, afetando diretamente sua autonomia.
Vale destacar que os hábitos alimentares também estão intimamente relacionados ao avanço da doença. A dificuldade de mastigar, por exemplo, resulta no consumo de comidas fáceis de engolir, sem o planejamento nutricional necessário para atender às necessidades do corpo. Com isso, costumam ficar de fora as proteínas, nutrientes chave para a construção do tecido muscular.
O tratamento da sarcopenia varia entre dieta orientada com suplementação e exercícios de resistência, de acordo com as condições físicas do paciente. “Para obter um diagnóstico detalhado e reverter o quadro, faz-se necessário exames que evidenciem a perda de massa muscular, como a densitometria (DEXA). Ambos feitos sob recomendação médica” finaliza Marcos Miranda Filho.