Estátua de Frei Caneca, exposição de estudantes e proposta de ensino obrigatório da história de Pernambuco marcam encerramento das homenagens. Foto: Miva Filho
Com uma solenidade no Palácio do Campo das Princesas, o Governo de Pernambuco concluiu, nesta quarta-feira (2), as atividades comemorativas dos 200 anos da Confederação do Equador. A programação incluiu a inauguração de uma exposição com mais de 30 obras visuais produzidas por alunos da Rede Estadual de Ensino e a entrega de medalhas a personalidades que contribuíram para as ações do Bicentenário. O ponto alto foi o descerramento da estátua de Frei Caneca, instalada na Praça da República, em homenagem a um dos principais líderes do movimento revolucionário de 1824.
Durante a cerimônia, a governadora Raquel Lyra anunciou uma proposta de resolução ao Conselho Estadual de Educação para incluir o ensino da história de Pernambuco como disciplina obrigatória nas escolas públicas estaduais. “Tenho plena convicção de que isso permitirá que nossas crianças e jovens tenham contato com a essência do nosso povo para crescer com os pés firmes na nossa história e o olhar voltado para um futuro melhor”, afirmou.
A estátua de Frei Caneca, criada pelo artista plástico Demétrio Albuquerque com base em pintura de Roberto Ploeg, contou com apoio da Fundarpe e foi resultado de um trabalho de pesquisa iconográfica. “Com todos os elementos na mão, entregamos a Roberto Ploeg, um artista plástico, que pintou o rosto de Frei Caneca. Depois, recorremos a Demétrio Albuquerque para que criasse o corpo inteiro e a gente pudesse, através de seu semblante, entender um pouco também da sua luta”, explicou a vice-governadora Priscila Krause, que coordenou a Comissão Estadual do Bicentenário.
O encerramento do ciclo de homenagens também destacou o engajamento das escolas estaduais em atividades pedagógicas e artísticas sobre a Confederação do Equador. “Tudo isso que se apresenta hoje com os nossos estudantes faz parte do leque de incentivos que os professores e a comunidade escolar deram aos esses alunos”, ressaltou o secretário de Educação, Gilson Monteiro. Para o estudante Jeozadaque Victor, de 15 anos, o projeto foi transformador: “Por meio da arte, nós conseguimos aprender e conhecer a cultura de Pernambuco”.