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Pernambuco muito além da crise

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O projeto Empresas & Empresários (E&E) está analisando como organizações dos principais setores produtivos de Pernambuco atravessam a recessão econômica. O Estado, que viveu quase uma década de crescimento acima da média nacional, sofreu com a crise, que afetou todo o País, e com as denúncias da Lava Jato contra a Petrobras, que foi um dos grandes players na retomada da industrialização local. Mas, em meio à tempestade, muitas companhias inovaram, abriram novos mercados e estão saindo fortalecidas. Um cenário de experiências corporativas que será estudado pelo projeto. “A pesquisa é realizada a partir de uma amostra intencional com as empresas e empresários de destaque que fazem a diferença no Estado”, explica Ricardo de Almeida, diretor-executivo da Algomais e sócio da TGI Consultoria em Gestão.
A pesquisa é realizada pela TGI e pelo INTG, com a consultoria técnica da Cedes Consultoria e Planejamento. A formatação e execução da pesquisa nesta edição conta com a participação do Conselho Estratégico Algomais Pernambuco Desafiado, que é um fórum constituído por lideranças pernambucanas que fazem a diferença nas cadeias produtivas do Estado e em movimentos sociais.
Nesta edição serão analisados 15 setores (veja a lista), abrangendo desde os mais tradicionais que se renovaram – como o de moda e confecção e o sucroalcooleiro – até aqueles que passaram a integrar a economia pernambucana há pouco tempo, a exemplo de petróleo & gás, naval e offshore. “Englobamos os setores prioritários e outros que ganharam destaque mais recentemente, sempre com um olhar para apresentar os exemplos de superação da crise”, afirma o economista Écio Costa, presidente da Cedes.

E&E2
A indústria de automóveis é outro segmento que passou a integrar o tecido econômico pernambucano. “O setor automotivo foi contemplado recentemente com uma fábrica e seus sistemistas em Pernambuco. Hoje também conta com centrais de distribuição implantadas e tem uma grande perspectiva para atender a região Nordeste e mercado exportador”, aponta Costa. A Fiat Chrysler Automobiles, por exemplo, já destina 25% da sua produção para exportação.
Boas perspectivas também estão previstas para o setor de energias renováveis (veja a matéria de capa desta edição da Algomais). “A produção energética eólica e solar é realizada por indústrias recém-desenvolvidas no Estado que vêm atendendo uma nova demanda mundial, não só brasileira. E Pernambuco está à frente disso. O setor sucroenergético é outro que busca adaptar-se às novas realidades econômicas”, avalia o economista.
O choque provocado pela mudança de cenário da economia enfrentado por alguns segmentos também será pesquisado. Algumas empresas aportaram em Pernambuco com o objetivo de surfar na onda do aumento de consumo da região Nordeste. Entretanto, tiveram que se reinventar para sobreviver. “Setores inovadores que chegaram ao Estado numa realidade econômica melhor que essa em que estamos estão se adaptando a esse momento de recuperação”, sinaliza o economista.

PROJETO
Ricardo de Almeida destaca que pesquisa E&E é realizada desde 1990 e seu intuito é desenvolver um trabalho de natureza investigativa e mobilizadora com o meio empresarial, produzindo uma análise crítica que fica a serviço da gestão estratégica para os diversos segmentos econômicos. “Temos como objetivo identificar e mapear como as empresas estão construindo condições para chegar ao futuro e contribuindo para o desenvolvimento de Pernambuco. Além de identificar os gargalos mais críticos para cada setor e indicar as ações que estão sendo requeridas pelo empresariado ao poder público”, afirma.
Nesta edição, além da análise das experiências dos setores elencados, o projeto, na sua última etapa, vai homenagear empresas que se destacaram com o Prêmio Quem Faz Algomais por Pernambuco.

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