Mapa do Trabalho Industrial revela que logística, construção e operação industrial serão as áreas com maior demanda de novos profissionais nos próximos anos
Pernambuco precisará qualificar cerca de 393 mil profissionais entre 2025 e 2027, conforme o Mapa do Trabalho Industrial, elaborado pelo Observatório Nacional da Indústria (ONI). O estudo revela que 64,4 mil novas vagas serão criadas, enquanto 329,1 mil trabalhadores já atuantes precisarão de requalificação. Esse cenário reflete a necessidade de acompanhar o crescimento econômico e as demandas do mercado de trabalho, destacando o papel estratégico do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) na oferta de formação profissional.
As áreas com maior demanda por profissionais no estado serão Logística e Transporte, Construção, Operação Industrial e Metalmecânica. A Logística lidera com uma projeção de 88.780 vagas, seguida pela Construção, que demandará 50.651 trabalhadores, e pela Operação Industrial, com 35.779 oportunidades. Essas áreas exigem profissionais qualificados para funções como técnicos de produção, motoristas, operadores de máquinas e montadores de veículos, refletindo a diversidade de ocupações essenciais para o desenvolvimento da indústria pernambucana.
"O Mapa do Trabalho é uma importante ferramenta para direcionar as políticas de emprego e renda do País e suas Unidades Federativas. Em Pernambuco, a Construção será a área que mais demandará capacitações por formação industrial, representando 16% da demanda total até 2027”, pontuou a gerente de pesquisa e prospectiva do SENAI-PE, Ana Paula Vasconcelos.
Além das novas formações, a atualização de competências será crucial para 329,1 mil trabalhadores. As requalificações envolvem tanto habilidades técnicas (hard skills) quanto competências comportamentais (soft skills), além de aspectos relacionados à saúde e segurança no trabalho. O desenvolvimento dessas competências visa garantir que os profissionais estejam aptos a desempenhar suas funções de forma eficiente e segura, acompanhando as inovações tecnológicas e as novas demandas do mercado.