Pesquisa da Datastore, líder em pesquisa de mercado para o segmento imobiliário, revela que o panorama deste setor da Economia tende a melhorar. De acordo com os números levantados em mais de 3.400 entrevistas, só no Nordeste, a intenção de compra nos próximos 24 meses varia entre 25% e 29% para qualquer renda.
Segundo Marcus Araújo, presidente da Datastore, para abocanhar esta fatia, as empresas do ramo precisam repensar seus lançamentos: uma das grandes tendências são as metragens menores. Para o especialista, o que faz as pessoas optarem por metragem menores são cinco fatos que mudaram as demandas: a mulher trabalhando fora cada vez mais; famílias cada vez menores; empregados domésticos mais caros; vida digital – as pessoas não se movimentam mais como antes dentro dos apartamentos ou terrenos – e crise financeira, que diminuiu o poder aquisitivo das famílias. “Todavia é importante citar que os compradores abrem mão de metragem, mas não abrem mão do programa imobiliário, então se queriam três suítes, continuam querendo três suítes, só que agora, um apartamento menor.” – acrescenta.
LUZ NO FIM DO TÚNEL – Sobre o fim das dificuldades do mercado, o analista avisa que a reação – que já se desenha com a queda da taxa Selic – deve começar pelo Sudeste, mais especificamente por São Paulo, que está entre os que possuem as contas mais em ordem. “Em sequência, o Centro-Oeste deverá se recuperar primeiro, em função do agronegócio ainda pujante. Aí sim, vem o Nordeste, começando por Pernambuco, pois possui a economia mais em ordem. Mesmo com a desaceleração de Suape e da refinaria Abreu e Lima, ainda há pujança no vetor norte com a Fiat/Jeep e o polo farmacoquímico.” – avalia o estatístico.