As chuvas ocorridas no final de semana e a proximidade do período chuvoso começam a preocupar motoristas, moradores e estabelecimentos com os alagamentos na Região Metropolitana do Recife. Na Avenida Presidente Kennedy, por exemplo, que liga cinco bairro e é um dos principais corredores viários de Olinda, o acúmulo de água é algo constante no período de inverno e de fortes precipitações. Além de dificultar o trânsito, o volume do líquido também atinge diretamente comércio e comunidades que margeiam a via.
Para diagnosticar o nível de drenagem do local, um grupo de alunos de Engenharia do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) debruçou o olhar e começou a fazer análises sobre a estrutura, o fluxo e outros aspectos da avenida. Embora não tenham tido acesso ainda ao projeto de drenagem da Prefeitura de Olinda, para conhecer as iniciativas previstas, os estudantes avaliam que a adoção de algumas medidas podem minimizar os impactos e melhorar o escoamento.
Entre as estratégias, elevar a altura da calçada, ampliar as bocas de lobo e instalar rampas de acessibilidade, além de propiciar mais infraestrutura à comunidade como calçamento de ruas no entorno da avenida para melhorar o acesso da população. Também é necessário realizar um trabalho educativo com a comunidade em relação ao descarte de resíduos sólidos nas vias públicas, o que reduz o entupimento das saídas de água para a rede de esgoto.
Social
Mais que uma questão estrutural, a pesquisa - que integra o Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) - também está revelando o aspecto social como pano de fundo. Principalmente no trecho próximo a Peixinhos, onde há uma comunidade aparentemente desassistida de serviços básicos.
Os futuros profissionais da Engenharia também chegaram a observar iniciativas adotadas na Avenida Conde da Boa Vista para terem como parâmetro de drenagem e áreas também críticas como o Jardim Fragoso, onde há trechos com marca de água alcançando até metade da parede das casas.