O Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2017, na comparação com o mesmo período de 2016. O resultado, sem ajuste sazonal, decorreu do desempenho dos três grandes setores da economia: Agropecuária (12,3%), Indústria (6%) e Serviços (0,6%). Em valores correntes, o PIB pernambucano do primeiro trimestre de 2017 alcançou R$ 40,7 bilhões.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (5/07) pela Agência Estadual de Planejamento e Pesquisa (Agência Condepe/Fidem), vinculada à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag). Na mesma comparação, o PIB nacional registrou queda de 0,4%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O presidente da Agência Condepe/Fidem, Maurílio Lima, ressalta que este crescimento não pode ser tratado com muito otimismo, mas também não pode deixar de se falar do bom trabalho que vem sendo desenvolvido no Estado. “Ainda não podemos falar em crescimento. Os números mostram uma recuperação da economia. Pernambuco foi afetado pela crise um pouco depois do Brasil e começa a sair dela um pouco antes. Alguns dados preliminares de abril e maio são animadores e acreditamos que este 1º trimestre de 2017 realmente seja o ponto de inflexão deste período de crise”, afirmou Maurílio.
Na comparação do primeiro trimestre de 2017 com o primeiro trimestre de 2016, contribuiu para o crescimento de 12,3% da Agropecuária o incremento de 48,6% apresentado pela agricultura. As lavouras permanentes caíram 2,5%, influenciadas pelas quedas na produção de coco-da-baía, banana e uva. As lavouras temporárias registraram um crescimento de 73,1%, destacando-se os incrementos na produção de cana-de-açúcar, mandioca, feijão e milho. A pecuária apresentou crescimento de 4,3%, com destaque para o aumento na produção avícola e de leite.
Em relação ao crescimento de 6% apresentado pela Indústria no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período de 2016, temos que o comportamento da indústria de transformação foi influenciado, principalmente, pelos desempenhos positivos observados nos setores de produtos alimentícios (8,8%) e de outros equipamentos de transporte (57,1%).
O setor de produtos alimentícios foi impulsionado, principalmente, pelo aumento na fabricação de produtos embutidos ou de salamaria e outras preparações de carnes de aves ou de pequenos animais, biscoitos, açúcar VHP e refinado e massas alimentícias secas. Já o setor de outros equipamentos de transporte foi impulsionado pelas embarcações para transporte (inclusive plataformas), considerando-se também a influência do segmento de veículos automotores. O setor da construção civil, por sua vez, apresentou um crescimento de 2,8% depois de 12 trimestres seguidos de queda, o que aponta para o início de recuperação do mercado imobiliário. No nível nacional, na mesma comparação, a Indústria caiu 1,1%.
No setor de Serviços, as atividades que mais impactaram no pequeno crescimento de 0,6%, quando comparado ao mesmo trimestre de 2016, foram: comércio (-0,7%) e atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares (-1,8%). As atividades de transporte, intermediação financeira e de atividades imobiliárias apresentaram variações positivas de 3,5%, 13,5% e 3%, respectivamente. No país, esse setor apresentou queda de 1,7%.
Ajuste sazonal – Em relação ao quarto trimestre de 2016, o PIB pernambucano apresentou uma elevação real de 0,7%, considerada a série com ajuste sazonal. Esse comportamento decorreu, no trimestre, do desempenho dos três grandes setores econômicos: Agropecuária (13,6%), Indústria (-3,4%) e Serviços (0,7%). De acordo com o IBGE, o PIB a preços básicos do Brasil apresentou crescimento de 1% na mesma comparação.
“Se comparado com os grandes estados que divulgaram o PIB em 2017, podemos afirmar que Pernambuco tem o melhor desempenho em termo de crescimento real. Pernambuco, nos últimos dez anos, construiu uma base sólida, diversificou sua economia e está preparado para sair o mais rápido possível dessa crise. O PIB do ano de 2017 está projetado, até o momento, para um crescimento em torno de 0,5% e 1%. Esperamos que seja maior”, finalizou Maurílio Lima.
(Agência Brasil)