Planejamento de Longo Prazo para o Recife? - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Planejamento de Longo Prazo para o Recife?

Rafael Dantas

Apresentamos a seguinte pergunta aos prefeituráveis: “A maioria dos programas de governo alcançam o máximo o período do mandato. Qual a sua percepção sobre a necessidade de um planejamento de longo prazo para o Recife?” Confira abaixo as respostas na íntegra.

DELEGADA PATRÍCIA

Agenda TGI

Nossa ideia de gestão é organizar a casa e dar condições para que as próximas dêem continuidade ao que dá certo. Estamos abertos às boas ideias. Não vamos dar fim ao que funciona. Pelo contrário, vamos dar continuidade e otimizar os projetos, implementando e dando condições para as ideias que dêem qualidade de vida à nossa população.

JOÃO CAMPOS

Pensar o Recife para daqui a 10, 15, 20 anos é fundamental para garantir o desenvolvimento sustentável em áreas estratégicas, a exemplo da educação. Em 2007, ao assumir o Governo de Pernambuco, Eduardo Campos encontrou a educação do ensino médio em 21° lugar no ranking nacional do Ideb. O trabalho feito com planejamento, meta e resultado, foi o que levou a educação de Pernambuco ao 1° lugar neste mesmo ranking. Nesse mesmo sentido, percebemos que a educação no Recife passa por um processo de transformação. Em 2013, a situação era crítica e, agora, Ideb para a o ensino básico já registra o Recife como a capital que mais cresce em relação aos anos finais. Caberá a próxima gestão o desafio de avançar na alfabetização na idade certa e na ampliação do número de creches, algo que temos como prioritário, inclusive com a meta de dobrar o número atual. Para seguir avançando, não só nessa área, mas também em todas as outras, já foi assumido o compromisso com o Plano Recife 500 anos, iniciativa que nasceu em 2015 através de parceria entre a Prefeitura do Recife e a Agência Recife para Inovação e Estratégia (ARIES), e que tem por objetivo pensar a cidade a longo prazo, como foco em projetos para serem desenvolvidos até 2037.

MENDONÇA FILHO

Pensar a longo prazo é uma obrigação de qualquer gestor. Sempre atuei na administração pública combatendo os problemas do presente, mas com um olhar para o futuro. Foi graças a essa preocupação que consegui tirar do papel a Reforma do Ensino Médio e a Base Nacional Comum Curricular, projetos estruturadores e que vão impactar positivamente a educação brasileira no médio e longo prazo. Qual a visão de futuro que Geraldo Júlio deixou para o Recife? Depois de oito anos de mandato não conseguiu entregar um plano de mobilidade, mesmo o Recife figurando entre os piores trânsitos do mundo. Na educação estamos entre as piores capitais brasileiras segundo o IDEB, o Plano Diretor prefeitura tenta aprovar de maneira atropelada, em pleno processo eleitoral. Como é possível ver, planejamento de longo prazo não é a marca do PSB. Como compromisso para o futuro, minha primeira bandeira é que a discussão do Plano Diretor deva ficar para o próximo ano. o Projeto de Lei nº 28/2018, apresentado à Câmara dos Vereadores em dezembro de 2018, não pode ser votado em 3 meses, durante uma pandemia e no fim de um mandato. O novo prefeito precisa ter a oportunidade de discutir alternativas fundamentais para a gestão do município, tendo em vista que o Plano Diretor é a ferramenta central para o planejamento das cidades.

MARÍLIA ARRAES

Eu represento a única candidatura que desde o início do ano, mesmo antes da pandemia, começou a debater o Recife de verdade, unindo a sociedade, as comunidades e segmentos organizados. E dei a esse debate o nome de Recife Cidade Inteligente. Desde o início dessa conversa coletiva, que na pandemia se intensificou por meio de lives e entrevistas a rádios comunitárias, nosso maior propósito foi colocar as pessoas no centro das decisões, escutar o que os recifenses querem de verdade, não apenas no sentido da necessidade imediata, mas como podemos planejar o futuro. E de todo esse debate nasceu o nosso plano de governo, de longe o melhor entre todos os candidatos, e até um livro que tive a felicidade de apresentar neste período de campanha chamado “Recife – horizonte de desafios”. São dois documentos que estão disponíveis em plataformas virtuais, como as nossas redes sociais, que falam de como planejamos o futuro do Recife, colocando como eixo central o combate às desigualdades. Recife já teve grandes gestores e obras que entraram para a história da cidade, como a retirada das palafitas e a via mangue, que são obras que o PT legou à cidade com a contribuição decisiva do ex-presidente Lula. É preciso investir em obras que tenham continuidade ao longo do tempo, que não se restrinjam ao horizonte de um governo, e isso se faz olhando principalmente para a necessidade real das pessoas. É esse o Recife Cidade Inteligente que todos queremos e que vamos implementar a partir de 2021.

CHARBEL MAROUN

É tradição de prefeitos buscarem criar obras ou programas para darem uma marca a sua gestão e com isso se projetarem politicamente. Assim, referidos programas duram apenas o período do mandato. A nossa proposta é trabalhar com a estrutura existente e extinguir o que não deu certo. Como marca queremos mostrar uma gestão eficiente e não obras e monumentos.

Recife precisa de planejamento de longo prazo para resolver problemas de estado que em uma ou duas gestões não seriam possíveis resolver como o trânsito, saneamento básico, melhorias da educação, melhoria da saúde, alagamentos, moradias em áreas de risco, vagas em creches, regularização fundiária urbana, dentre outras. Assim, nossas ações serão realizadas trabalhando três premissas, rapidez para início de implementação, com base em evidências e que sejam duradouras e não terminem com o mandato. Não vincularei programas a imagem da gestão, para evitar que prefeitos futuros abandonem o programa por ser bandeira de outro gestor.

CORONEL FEITOSA

É crucial haver um bom planejamento na gestão de uma cidade, pois é por meio dele que é possível enxergar as melhores opções para os setores de economia, saúde, educação, mobilidade, entre outros.

Quatro anos é tempo suficiente para se executar boas ações e planejar futuras gestões. É fundamental pensarmos na cidade do futuro, e para isso, há a necessidade de chamarmos a sociedade civil para pensar junto com a gente sobre a "cidade em longo prazo", pois pouco adianta planejar sem ouvir o que a população de fato precisa. Eu e a minha equipe vamos participar ativamente do processo com uma equipe qualificada para resolver as demandas do Recife a curto, médio e longo prazo.

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