Algumas pontes localizadas em comunidades de Olinda foram destruídas com o volume de chuvas dos últimos meses. Para reconstruir essas estruturas importantes na interligação dos bairros, a prefeitura conta com a ajuda de um grupo de reeducandos, acompanhados pelo Patronato Penitenciário e pela Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), ambos ligados à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH).
O grupo realiza serviços de pedreiro, ajudante de pedreiro, pintor, marceneiro, e são coordenados por uma equipe de engenharia. Acabaram de concluir uma ponte na comunidade do V8 e outras quatro também ficarão novas com a ajuda dos reeducandos: mais uma no V8, duas no bairro de Beira Rio, e uma na localidade de Chã Grande.
O trabalho é realizado através de convênio entre o Patronato Penitenciário e a Seres e a Secretaria Executiva de Defesa Civil, que ainda conta com esse público na manutenção de escadarias e na contenção das áreas de morro na cidade. Eles trabalham de segunda-feira a sábado, e pelos serviços são remunerados com um salário mínimo (R$ 1.212,00), ajuda de alimentação e transporte.
Segundo o secretário-executivo de Justiça e Promoção dos Direitos do Consumidor, Waldemar Borges Filho, os cumpridores de pena que trabalham não são regidos pela CLT o que desobriga o empregador dos encargos trabalhistas, possibilitando uma redução na folha de pagamento de 40%. “Além dessas vantagens o emprego possibilita a reinserção social e no mercado de trabalho dessas pessoas, muitas vezes, excluídas da sociedade. Os resultados têm sido muito positivos para os reeducandos e para quem contrata", concluiu Borges.