Diante de todas as incertezas do mercado, uma delas não atormenta o brasileiro. O consumo do pão, principalmente o francês, é quase obrigatório. Na mais populosa cidade do Brasil, por exemplo, o consumo durante a pandemia pulou de 18 para 20 milhões de unidades ao dia, segundo dados do Sindicato dos Industriais de Panificação e Confeitaria de São Paulo, o Sampapão. Aproveitar essa paixão e atrelá-la a um modelo de negócio fez com que a PremiaPão, franquia que comercializa espaços publicitários em saquinhos de pães, conseguisse manter confortável o crescimento em 2020, mesmo diante do cenário desfavorável que se descortinou ao longo do ano, e vendesse 113 franquias no período, arrecadando um montante de R$ 3 milhões.
O negócio começou como um movimento de Raphael Mattos, atual CEO, sair da multinacional em que atuava para tornar-se dono do seu próprio negócio em 2015. Impulsionado pela gestação da esposa, que o fez ter mais vontade de vencer, e com R$ 10 mil no bolso, convidou dois amigos, formatou o negócio e adaptando o quarto do futuro bebê no backoffice, fez da ideia um negócio que em poucos meses já estava apta a se transformar numa rede de franquias de baixo investimento e rapidamente rentável. A proposta era disponibilizar espaços para anúncios em sacos de pão e oferecê-los às padarias gratuitamente.
Natural de Recife, logo a PremiaPão provou que era mesmo um negócio lucrativo e conquistou todo o Brasil. O crescimento foi rápido e expressivo: em quatro meses de operação, a rede já operava com quatro franquias e, um ano depois, 100. Hoje, são 113. A rentabilidade elevada tem a ver com dois fatores: em cada saquinho é possível negociar até 34 anúncios, que são comercializados a partir de R$ 500,00 para uma tiragem de 30 mil unidades. E mais: para se tornar atrativo ao consumidor final, os executivos tiveram uma ideia: atrelar a publicidade à prêmios. Cada embalagem acompanha um código, que pode ser cadastrado no site da rede para concorrer a diversos produtos, que vão desde um iPhone e notebook, até um carro zero km sorteado em 2019, por exemplo.
Se é um negócio bastante vantajoso para duas das pontas – o consumidor, que concorre a prêmios, e o lojista, que recebe gratuitamente a tiragem, -, também o é para o franqueado. Formatado para atuação home office, toda a operação não depende de uma estrutura física, o que barateia o valor do investimento inicial, que começa a partir
de R$ 10 mil dependendo da localidade de atuação. Além do suporte com a diagramação e edição dos anúncios, o franqueado ainda conta com um processo de incubadora, onde ele será acompanhado por 60 dias e receberá todos os treinamentos para melhor gestão e marketing de seu negócio – entre dinâmicas de vendas e treinamento online-, além de contar com o todo apoio da franqueadora após esse período.