Especialista da Sicredi Recife orienta quem quer sair da poupança e ampliar os ganhos com alternativas acessíveis e protegidas
Uma pesquisa realizada pela ANBIMA em parceria com o Datafolha revelou que, embora 33% dos brasileiros consigam economizar, grande parte ainda desconhece os diferentes tipos de investimento disponíveis no mercado. O levantamento também mostra que cerca de 32 milhões de pessoas ainda usam apenas a poupança, por ser considerada simples e segura. No entanto, essa escolha limita o potencial de rendimento. “Quando você só utiliza a poupança como forma de investimento, deixa de explorar outras alternativas que podem trazer melhores resultados”, afirma Thiago Borges, gerente de Investimentos da Sicredi Recife.
Para quem está começando, é fundamental entender os conceitos básicos e identificar os produtos que oferecem mais segurança e previsibilidade. Segundo Thiago, os investimentos podem ser divididos em renda fixa e renda variável. A primeira garante um retorno definido no momento da aplicação, enquanto a segunda envolve mais risco, mas pode proporcionar maiores lucros. “Você aplica seu dinheiro e recebe uma porcentagem de lucros por um período”, explica o especialista.
Entre as opções mais indicadas para iniciantes estão os fundos de renda fixa, que aplicam em títulos públicos ou papéis de instituições sólidas, oferecendo baixa volatilidade e alta previsibilidade. O CDB (Certificado de Depósito Bancário) também é destaque por unir rendimento fixo e segurança do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Já os fundos de investimento permitem diversificação com a gestão de um profissional, embora alguns exijam valor mínimo de entrada.
Outra alternativa interessante é a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), que financia o setor agro e possui isenção de imposto de renda para pessoas físicas, o que eleva sua rentabilidade líquida. Já as ações são recomendadas para quem tem tolerância ao risco e visão de longo prazo, uma vez que esse tipo de aplicação exige mais estudo e acompanhamento do mercado. “Essa opção requer estudo e acompanhamento do mercado, porque apresenta alta volatilidade”, pontua Borges.
Para quem busca um plano de longo prazo voltado à aposentadoria, a Previdência Privada também entra como alternativa. Com dois tipos principais — PGBL e VGBL —, ela oferece benefícios fiscais e é voltada para diferentes perfis de declaração de imposto de renda. “É uma opção flexível que oferece vantagens fiscais e permite a escolha entre diversos fundos de investimento”, finaliza Thiago.