A Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física, divulgada nesta ontem (08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), confirma que a indústria pernambucana segue em posição de destaque no Nordeste. Pela primeira vez desde o início da pandemia, o parque fabril do Estado registrou crescimento de sua produção no acumulado do ano (+0,9%), desempenho mensurado de janeiro a agosto que põe Pernambuco em primeiro lugar no ranking regional, à frente da Bahia e do Ceará. O índice Brasil ainda se encontra negativo para o período analisado e acumula perdas de 8,6% nos oito primeiros meses de 2020.
O Estado registra a liderança nacional em três setores: Indústria de Alimentos (+17,1%); Indústria de Bebidas (+3,3%) e Indústria de Borracha e Material Plástico (+7,6%). Juntos, esses segmentos representam 30% do Valor de Produção da Indústria de Transformação local.
A produção industrial pernambucana também obteve destaque no comparativo de agosto deste ano com o mesmo mês de 2019. A alta registrada pela PIM-PF, do IBGE, foi de 10%. Trata-se do maior índice de crescimento em todo o País, nesta base de comparação. De acordo com a pesquisa, nove dos 12 setores pesquisados em Pernambuco expandiram sua produção no comparativo com o mesmo mês do ano passado. Na liderança despontou o setor de metalurgia (+26,4%), o segundo maior crescimento mensal do setor no país.
“Esses resultados só consolidam as medidas implementadas pelo Governo do Estado para não paralisar as atividades industriais durante a pandemia, incluindo o fortalecimento da cadeia de distribuição e o direcionamento de parte da atividade para novas demandas. Logo que a pandemia se instalou, intensificamos o diálogo com todos os setores da indústria para tentar mitigar as consequências negativas na economia causadas pelo vírus”, reforça o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Bruno Schwambach.
No comparativo de agosto com julho, no entanto, a indústria do Estado registrou queda de 3,9% em sua produção. Essa desaceleração interrompe o crescimento que ocorria há três meses consecutivos - entre os fatores que pesaram nesta desaceleração estão a falta pontual de insumos na linha de produção e a sazonalidade, como explica a secretária executiva de Desenvolvimento Econômico do Estado, Maíra Fischer.“Como crescemos muito em julho, é normal este tipo de movimento acontecer. Precisamos reforçar que, com o Plano de Convivência das Atividades Econômicas com a Covid-19, existe uma maior índice de confiança e otimismo com a recuperação da economia. Tanto que Pernambuco está no grupo dos seis estados com nível de produção superior ao período pré-pandemia”, destaca.
Além de Pernambuco, apenas Amazonas, Goiás, Ceará, São Paulo e Minas Gerais fazem parte dessa lista. Para se ter ideia, o Estado já está com volume de produção 0,7% acima dos níveis pré-pandemia, enquanto o Brasil ainda está -2,6% abaixo dos índices anteriores.
*VAREJO -* A flexibilização que tem proporcionado a retomada da economia em Pernambuco já mostra resultados positivos para o volume de vendas do comércio varejista. Com o menor impacto do isolamento social imposto pela Covid-19, a taxa média do varejo do Estado cresceu 2,5% em agosto, no comparativo com julho deste ano. Trata-se do quarto mês de crescimento subsequente, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada também nesta quinta-feira (08) pelo IBGE.
Na comparação de agosto deste ano com o mesmo mês de 2019, o varejo pernambucano registrou aumento de vendas de 8,6%. Este foi o melhor desempenho para o mês em questão num período de sete anos, seguindo esta base de comparação. Com a ampliação da carga horária de funcionamento para o comércio, que a partir de segunda-feira (12) poderá funcionar até meia-noite no Estado, a tendência é que o aquecimento das vendas continue em ritmo ascendente.