*Paulo Caldas
O Nordeste não se atrela a outras culturas. No quesito mal-assombro como fonte das formas de expressão das artes, por exemplo, aqui temos fardos e fardos, carros de boi carregados de histórias, casos, lendas, cenas, protagonistas, personagens e figurantes que ocupam mais espaço no trato do tema que os nascidos nos castelos medievais da Europa.
Se alguém duvida, espie as caminhadas de Roberto Beltrão, expert no mundo das assombrações e por longo tempo condutor do site “O Recife (capital dessas esquisitices) Assombrado”. Já com a patente de assombrólogo, espanta o povo dando luz às entranhas do imaginário popular e da literatura fantástica.
Este “Geografia dos sítios insanos” que reúne os textos “Lajedo Santo”, “Sétimo Dia”, “Rasga mortalha”, “São Bartolomeu”, “Maré cheia” e “Cruz das almas”, vem se somar à família dos horrores já formada por “Histórias medonhas do Recife assombrado” ( 2002), “Malassombramentos” (2010), e ao livro de crônicas “Estranhos mistérios do Recife assombrado” (2008).
Em 2013 lançou a primeira edição de “Na escuridão das brenhas”, reunião de sete contos de assombração e lendas do interior de Pernambuco e em 2014 criou o “Almanaque pernambucano de causos, mal-assombros e lorotas”, escrito a quatro mãos com a folclorista Rubia Lóssio.
Os exemplares podem ser adquiridos pelo Instagram: https://www.instagram.com/beltraobeto?igsh=MTlmbHp5em1uanoydQ==
*Paulo Caldas é escritor